Atendimento inicial às queimaduras de mão: revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2015.2.20908Palavras-chave:
mãos, ferimentos e lesões, queimaduras, tratamento primário.Resumo
Objetivos: Abordar, por meio de uma revisão da literatura, o manejo das queimaduras de mão, com ênfase nos cuidados iniciais.
Métodos: No período entre fevereiro e julho de 2015, foram revisados 30 artigos selecionados nas bases de dados MedLine/PubMed, LILACS, SciELO e Google Acadêmico, inclusos tanto os de língua inglesa quanto portuguesa, publicados nos últimos 10 anos e que correspondessem aos seguintes descritores: queimadura de mão; ferimento de mão; tratamento agudo; tratamento primário; e seus correspondentes em inglês.
Resultados: É apresentada a classificação das queimaduras conforme a profundidade, extensão e fatores agravantes. São abordadas as condutas iniciais que evitam complicações como mão em garra, síndrome compartimental e infecções. Os procedimentos iniciais incluem curativos oclusivos, escarotomia, fasciotomia, abertura do túnel do carpo, seguidos por curativos com agentes antimicrobianos tópicos, desbridamento e enxertos. São discutidos aspectos controversos sobre o momento mais indicado para a intervenção cirúrgica, caso esta seja necessária.
Conclusões: A correta abordagem inicial da queimadura de mão poderá evitar sequelas irreversíveis. O manejo adequado na queimadura de mão inclui desde a avaliação clinica inicial da área queimada por um médico generalista à realização de condutas precoces com o objetivo de evitar a perda de função do membro e futuras reconstruções desnecessárias. A elevada incidência desse tipo de queimadura também acentua a relevância de uma conduta adequada.
Downloads
Referências
Pardini A, Freitas A. Cirurgia da Mão: Lesões não-traumáticas. 2 ed. Rio de Janeiro: Medbook; 2008.
Kamolz LP, Kitzinger HB, Karle B, Frey M. The treatment of hand burns. Burns. 2009;35(3):327-37. http://dx.doi.org/10.1016/j.burns.2008.08.004
Mckee DM. Acute management of burn injuries to the hand and upper extremity. J Hand Surg Am. 2010; 35A:1542-4. http://dx.doi.org/10.1016/j.jhsa.2010.03.019
Richards WT, Vergara E, Dalaly DG, Coady-Fariborzian L, Mozingo DW. Acute surgical management of hand burns. J Hand Surg Am. 2014;39(10):2075-85.e2. http://dx.doi.org/10.1016/j.jhsa.2014.07.032
Narikawa R, Michelski DA, Hiraki PY, Ueda T, Nakamoto HA, Junior PT, Ferreira MC. Análise epidemiológica da mão queimada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev Bras Queimaduras. 2011;10(3):89-92.
Duffy BJ, McLaughlin PM, Eichelberger MR. Assessment, triage, and early management of burns in children. Clin Pediatr Emerg Med. 2006;7(2):82-93. http://dx.doi.org/10.1016/j.cpem.2006.04.001
Evers LH, Bhavsar D, Mailänder P. The biology of burn injury. Exp Dermatol. 2010;19(9):777-83. http://dx.doi.org/10.1111/j.1600-0625.2010.01105.x
Llooyd ECO, Rodgers BC, Michener M, Williams MS. Outpatient Burns: Prevention and Care. Am Fam Physician. 2012;85(1):25-32
Alharbi Z, Piatkowski A, Dembinski R, Reckort S, Grieb G, Kauczok J, Pallua N. Treatment of burns in the first 24 hours: simple and practical guide by answering 10 questions in a step-by-step form. World J Emerg Surg. 2012;7(1):13. http://dx.doi.org/10.1186/1749-7922-7-13
Grunwald TB, Garner WL. Acute Burns. Plast Reconstr Surg. 2008;121(5):311e-319e. http://dx.doi.org/10.1097/PRS.0b013e318172ae1f
Júnior JBG, Moscozo MVA, Filho ALL, Menezes CMGG, Tavares FMO, Oliveira GM, Júnior WNG. Tratamento de pacientes queimados internados em Hospital Geral. Rev Soc Bras Cir Plást. 2007;22(4):228-32.
Jenkins JA, Schraga ED. Emergent Management of Thermal Burns. EUA; 2014 [Updated 2014 Feb; cited March 2015]. Available from: http://emedicine.medscape.com/article/769193-overview#showall
Fufa DT, Chuang SS, Yang JY. Postburn contractures of the hand. J Hand Surg Am. 2014;39(9):1869-76. http://dx.doi.org/10.1016/j.jhsa.2014.03.018
Pan BS, Vu AT, Yakuboff KP. Management of the acutely burned hand. J Hand Surg Am. 2015; 40 (7):1477-84. http://dx.doi.org/10.1016/j.jhsa.2015.02.033
Piccolo NS, Piccolo MS, Piccolo PD, Piccolo-Daher R, Piccolo ND, Piccolo MT. Escharotomies, fasciotomies and carpal tunnel release in burn patients – review of the literature and presentation of an algorithm for surgical decision making. Handchir Mikrochir Plast Chir. 2007;39(3):161-7. http://dx.doi.org/10.1055/s-2007-965322
Castro RJA, Leal PC, Sakata RK. Tratamento da dor em queimaduras. Rev Bras Anestesiol. 2013;63(1):149-58. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942013000100013
Junior ATR. Acute compartment syndrome. Washington; 2015 [Updated 2015 Feb; cited 2015 March 14]. Available from: http://emedicine.medscape.com/article/307668-overview
Stracciolini A, Hammerberg EM. Acute compartment syndrome of the extremities. 2014 [updated 2014 Jul; cited 2015 March 14]. Available from: http://www.uptodate.com/contents/acute-compartment-syndrome-of-the-extremities
Mullins RF, Alam B, Mian MAH. Carpal Tunnel Syndrome following burns. Ann Burns Fire Disasters. 2008;21(3):153-5.
Bolgiani AN, Serra MCVF. Atualização no tratamento local das queimaduras. Rev Bras Queimaduras. 2010;9(2):38-44.
Filho JAL, Dadalti P, Souza DC, Souza PRC, Silva MAL, Takiya CM. Enxertia de pele em oncologia cutânea. An Bras Dermatol. 2006;81(5):465-72. http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962006000500010
Henrique DM, Silva LD, Costa ACR, Rezende APMB, Santos JAS, Menezes MM, Maurer TC. Controle de infecção no centro de tratamento de queimados: revisão de literatura. Rev Bras Queimaduras. 2013;12(4):230-4.
Pan BS, Vu AT, Yakuboff KP. Management of the Acutely Burned Hand. J Hand Surg Am. 2015;40(7):1477-84. http://dx.doi.org/10.1016/j.jhsa.2015.02.033
Mohammadi AA, Bakhshaeekia AR, Marzban S, Abbasi S, Ashraf AR, Mohammadi MK, Toulide-Ie HR, Tavakkolian AR. Early excision and skin grafting versus delayed skin grafting in deep hand burns (a randomised clinical controlled trial). Burns. 2011;37(1):36-41. http://dx.doi.org/10.1016/j.burns.2010.02.005
Vaitsman GP, Guimarães VG, Freire RF, Esbérard F, Filho FV, Silva MAL. Excisão precoce e autoenxertia cutânea em queimadura de mãos. Rev Bras Cir Plást. 2010;25(3):94.
Yast AC, Şenel E, Saydam M, Özok G, Çoruh A, Yorgancı K. Guideline and treatment algorithm for burn injuries. Ulus Travma Acil Cerrahi Derg. 2015;21(2):79-89. http://dx.doi.org/10.5505/tjtes.2015.88261
Daigeler A, Kapalschinski N, Lehnhardt M. Therapy of burns. Der Chirurg. 2015;86(4):389-401. http://dx.doi.org/10.1007/s00104-014-2919-3
Cowan AC, Stegink-Jansen WC. Rehabilitation of hand burn injuries: Current updates. Injury. 2013;44(3):391-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.injury.2013.01.015
Bhattacharya S. Avoiding unfavorable results in postburn contracture hand. Indian J Plast Surg. 2013;46(2):434-44. http://dx.doi.org/10.4103/0970-0358.118625
Ribeiro LMB, de Morais VS, Fachinelli, FA. Sindactilia pós-queimadura da mão. Rev Bras Cir Plást. 2013;28(1):130-2. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-51752013000100022