Anticorpos anticardiolipina e abortos espontâneos recorrentes em mulheres brasileiras

Autores

  • Natália Santos Santana Immunogenetics Laboratory, Department of Molecular Biology, Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto – FAMERP
  • Lígia Cosentinio Junqueira Franco Spegiorin
  • Camila Pontes Ferreira Departament of Biology, Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (IBILCE-UNESP)
  • Denise Cristina Mós Vaz-Oliani 2Department of Gynecology and Obstetrics, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP 3Obstetrics and Gynecology Service, Hopistal de Base, Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto – HB-FUNFARME
  • Antonio Hélio Oliani 2Department of Gynecology and Obstetrics, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP 3Obstetrics and Gynecology Service, Hopistal de Base, Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto – HB-FUNFARME
  • José Maria Pereirade Godoy Departament of Cardiology and Cariology Surgery – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) http://orcid.org/0000-0001-5424-7787
  • Cinara Cássia Brandão de Mattos http://orcid.org/0000-0002-4836-3113
  • Luiz Carlos de Mattos Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP http://orcid.org/0000-0002-8572-8177

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2015.1.18581

Palavras-chave:

Anticorpos anticardiolipina, Anticorpos antifosfolipídicos, Aborto espontâneo, Aborto habitual, Marcadores imunológicos, Morte fetal, Gestação de alto risco.

Resumo

Objetivos: Avaliar a frequência de anticorpos anticardiolipina (aCL) em mulheres com história prévia de aborto espontâneo recorrente (AER).

Métodos: No período de abril de 2005 a dezembro de 2008 foram avaliados os dados de prontuários de gestantes atendidas no Ambulatório de Gestação de Alto Risco do Hospital de Base da Fundação Faculdade Regional de Medicina (FUNFARME), em São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil. Foram incluídas neste estudo pacientes com idade acima de 18 anos que tiveram pelo menos dois abortos espontâneos e foram avaliadas para aCL. O teste exato de Fisher foi usado para comparar os resultados. Valor de p menor que 0,05 foi considerado significante.

Resultados: Um total de 294 mulheres gestantes foram avaliadas durante o período do estudo, das quais 44 atendiam aos critérios de inclusão. A média de idade foi 33,8±5,4 anos (variação: 22 a 44; mediana: 34). Dezoito pacientes (40,9%) foram reagentes para aCL e 26 (59,1%) não reagentes, e a diferença entre a média de idade não foi estatisticamente significante (reagentes: 34,6±5,8 anos; não reagentes: 33,2±5,2 anos, p=0,4001). Quatorze (77,8%) pacientes apresentaram aCL IgM e seis (33,2%) aCL IgG. Duas pacientes (11%) foram reagentes para ambas as classes de aCL, IgM e IgG. Na maioria dos casos os títulos de anticorpos aCL foram compatíveis com baixo risco para morbidade na gravidez. O número de abortos variou de dois a seis. O número médio de abortos entre as reagentes para aCL foi de 3,5±1,1 e entre as não reagentes foi de 2,9±1,1 (p=0,0813).

Conclusões: A frequência de aCL foi alta entre as pacientes com história de AER, especialmente entre aquelas que tiveram um maior número de perdas fetais. Entre as mulheres com pelo menos dois abortos espontâneos, a média do número de abortos não foi significativamente diferente entre aquelas reagentes e não reagentes para aCL.

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Biografia do Autor

Luiz Carlos de Mattos, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP

Immunogenetics Laboratory, Department of Molecular Biology

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Publicado

2015-03-10

Como Citar

Santos Santana, N., Cosentinio Junqueira Franco Spegiorin, L., Pontes Ferreira, C., Mós Vaz-Oliani, D. C., Oliani, A. H., Pereirade Godoy, J. M., … de Mattos, L. C. (2015). Anticorpos anticardiolipina e abortos espontâneos recorrentes em mulheres brasileiras. Scientia Medica, 25(1), ID18581. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2015.1.18581

Edição

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