Perfil de risco imunológico de idosas com câncer de mama: os primeiros 37 casos

Autores

  • Betina Vollbrecht PUCRS
  • Felipe Pereira Zerwes PUCRS
  • Janaina Viegas PUCRS
  • Thiago Willers PUCRS
  • Ana Paula Ornagh PUCRS
  • Cristina Bonorino PUCRS
  • Antonio Luiz Frasson PUCRS

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.3.16613

Palavras-chave:

LINFÓCITOS T CD4-POSITIVOS, LINFÓCITOS T CD8-POSITIVOS, RELAÇÃO CD4-CD8, CÂNCER DE MAMA/imunologia, GERIATRIA.

Resumo

OBJETIVOS: Avaliar o perfil imunológico de risco em idosas com câncer de mama e testar se este pode ser um fator preditivo confiável para determinar tipos de tratamento e seguimento oncológico. MÉTODOS: Foram pesquisadas a relação das células T CD4+/CD8+ e a sorologia para citomegalovírus no sangue periférico de mulheres com 60 anos ou mais de idade no momento do diagnóstico da neoplasia mamária, que realizaram tratamento cirúrgico no Centro de Mama da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul pelo Sistema Único de Saúde. Foram excluídas da pesquisa pacientes com sorologia positiva para HIV, com imunossupressão após transplante de órgãos e as que realizaram quimioterapia neoadjuvante. Os dados foram comparados em grupos conforme o comprometimento axilar, o tamanho tumoral, o perfil imunohistoquímico do tumor e a ocorrência de eventos adversos (recidiva axilar, recidiva local do tumor e/ou metástases). Nos casos de eventos adversos, foi realizada uma nova contagem de CD4+ e CD8+. RESULTADOS: Foram incluídas 37 pacientes, entre as quais 10 tiveram metástases axilares. As pacientes com axila positiva para metástases apresentaram uma relação CD4+/CD8+ maior que nos casos de axila negativa para metástases (p=0,04). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa em relação ao tamanho e perfil imunohistoquímico do tumor. No seguimento médio de 14,3 meses, ocorreram dois eventos adversos (uma recidiva axilar e um caso de metástases ósseas), quando se observou um aumento na relação das células T pesquisadas. CONCLUSÕES: A relação das células T CD4+/CD8+ parece aumentar nos casos de câncer de mama de pior prognóstico. Tanto quanto foi possível pesquisar na literatura, estes são os primeiros dados sobre células T CD4+ e CD8+ no sangue periférico de mulheres idosas com câncer de mama. Um seguimento maior poderá determinar o valor destas células como fator prognóstico e/ou preditivo.

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Biografia do Autor

Betina Vollbrecht, PUCRS

Médica formada pela PUCRS, mastologista, mestrado pelo IGG PUCRS, aluna do doutorado IGG PUCRS

Felipe Pereira Zerwes, PUCRS

Centro de Mama da PUCRS Professor de FAMED PUCRS Gestor da Mastologia do Instituto do Câncer Mãe de Deus, Porto Alegre, Brazil

Janaina Viegas, PUCRS

Mastologista no Centro de Mama da PUCRS.

Thiago Willers, PUCRS

Acadêmico de medicina da FAMED PUCRS, aluno bolsista pesquisador do Centro de Mama da PUCRS

Ana Paula Ornagh, PUCRS

Faculdade de Biociências e Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS, Porto Alegre, Brasil.

Cristina Bonorino, PUCRS

Faculdade de Biociências e Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS, Porto Alegre, Brasil.

Antonio Luiz Frasson, PUCRS

Coordenador do Centro de Mama da PUCRS. Professor da FAMED PUCRS. Médico mastologista do Hospital Albert Einstein em São Paulo, SP, Brazil.

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Publicado

2014-08-29

Como Citar

Vollbrecht, B., Zerwes, F. P., Viegas, J., Willers, T., Ornagh, A. P., Bonorino, C., & Frasson, A. L. (2014). Perfil de risco imunológico de idosas com câncer de mama: os primeiros 37 casos. Scientia Medica, 24(3), 224–228. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.3.16613

Edição

Seção

Artigos Originais

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