Ascite pancreática: tratamento com octreotide – Relato de caso
Resumo
Introdução: Ascite pancreática é uma condição rara, com menos de 250 casos publicados. É definida como ascite exsudativa causada por doença pancreática não-maligna, tendo como características laboratoriais diagnósticas elevadas concentrações de amilase (geralmente > 1.000 UI/L) e de proteína (> 3,0 g/dl) no líquido ascítico. O objetivo deste trabalho é descrever a evolução de um caso de ascite pancreática, destacando o tratamento proposto.
Descrição do caso: Paciente masculino, 37 anos, com diagnóstico prévio de pancreatite crônica internou com queixa de dor abdominal. Ao exame físico, apresentava ascite, a qual foi puncionada, evidenciando proteínas totais de 4,2 g/dl e amilase 11.457 UI/L. Iniciou-se o tratamento para ascite pancreática com nutrição parenteral total e octreotide, sendo este mantido por 28 dias. O paciente evoluiu com redução progressiva da ascite e sem dor abdominal, mantendo-se assintomático em revisão ambulatorial de 3 e 6 meses.
Comentários: O tratamento da ascite pancreática é ainda controverso. Divide-se basicamente em conservador e intervencionista, sendo este último subdividido em tratamento endoscópico e cirúrgico. Apesar do sucesso do tratamento com octreotide no caso relatado, e diante de poucas e controversas evidências na literatura, um número maior de pacientes é necessário para determinar o melhor tratamento para ascite pancreática, permanecendo este motivo de debate.
UNITERMOS: ASCITE/quimioterapia; PANCREAS; OCTREOTIDA.
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