Aspectos clínicos e epidemiológicos da leishmaniose visceral em menores de 15 anos no estado do Rio Grande do Norte, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2013.1.12970Palavras-chave:
LEISHMANIOSE VISCERAL/epidemiologia, ZOONOSES, DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, CRIANÇA, ADOLESCENTE.Resumo
OBJETIVOS: Descrever as características clínicas e epidemiológicas de crianças e adolescentes com leishmaniose visceral (LV) no estado do Rio Grande do Norte (RN), Brasil. MÉTODOS: Estudo descritivo de indivíduos de 0 a 15 anos com diagnóstico de casos autóctones de LV. Foram analisadas as informações referentes ao período de janeiro de 2007 a dezembro de 2011, constantes no Sistema de Informações de Agravos de Notificações. RESULTADOS: Foram identificadas 291 crianças e adolescentes com LV, sendo 50,8% do sexo masculino e a faixa etária de maior incidência da doença foi em menores de 5 anos (72,5% dos casos). Verificou-se que 16,1% dessas crianças residiam em Natal e 40,9% procediam de 04 municípios do RN; 70,4% eram originárias da zona urbana, 58,4% eram pardos e 2,7% eram co-infectados com o HIV. A principal manifestação clínica foi a febre (76,9%) e os principais achados clínicos foram palidez (68%), esplenomegalia (67,7%) e hepatomegalia (63,9%). O tratamento de escolha foi Glucantime (61%), Anfotericina B convencional (1,44%), Anfotericina B lipossomal (5,77%); 15,1% dos casos desenvolveram processos infecciosos. O tempo médio entre a ocorrência dos primeiros sintomas e o início do tratamento foi de 32,5 dias e 3,8% evoluíram para óbito. CONCLUSÕES: A partir das características clínicas e epidemiológicas identificadas no estudo, sugere-se uma observação mais eficaz por parte dos profissionais de saúde, visando ao reconhecimento precoce e tratamento adequado da doença e suas complicações.Downloads
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