Adaptações morfológicas musculares na espasticidade: revisão da literatura

Resumo

OBJETIVOS: O propósito deste artigo foi revisar as principais evidências dos efeitos da espasticidade sobre o tecido muscular. FONTE DE DADOS: Foram consultados 35 artigos selecionados nas bases de dados PubMed e SciELO, a partir do ano de 1969. Os descritores utilizados no processo de busca foram spasticity, spastic, muscle architecture, muscle length, fascicle length, muscle histopathology, morphological changes, fiber type, sarcomere length, titin, stroke e cerebral palsy. A partir da análise dos títulos e resumos, foram selecionados 19 artigos que faziam menção a alterações estruturais musculares decorrentes de um quadro clínico positivo de espasticidade. As demais referências foram utilizadas para contextualizar e definir conceitos gerais necessários à introdução do tema. SÍNTESE DOS DADOS: Ocorrem diferentes tipos de adaptação da estrutura muscular em indivíduos com espasticidade quando comparados a indivíduos saudáveis. Essas alterações podem ocorrer tanto em nível macroscópico quanto microscópico. A espasticidade pode promover redução no comprimento e volume do ventre muscular, aumento do número de fibras do tipo I, redução de sarcômeros em série e aumento de tecido conjuntivo extracelular nos músculos espásticos. CONCLUSÕES: A espasticidade afeta o sistema muscular esquelético e impossibilita o desenvolvimento de funções motoras normais.