Produção e avaliação de um manual sobre intervenção em ideação e tentativa de suicídio
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2024.1.40881Palavras-chave:
Suicídio, Tentativa de suicídio, Ideação suicida, Manuais informativos, Profissional de saúdeResumo
Os profissionais de saúde são essenciais para o enfrentamento do suicídio e, portanto, precisam estar devidamente instrumentalizados. Este estudo teve como objetivo descrever o processo de elaboração de um manual técnico- -científico para profissionais de saúde sobre intervenção em ideação e tentativa de suicídio. Trata-se de um estudo metodológico de duas etapas. Primeiramente, realizou-se uma revisão de literatura sobre a temática para desenvolver o manual. Em seguida, o material foi avaliado por um questionário online, que teve como foco a clareza e a pertinência do conteúdo. Quatro juízes experts participaram da primeira fase de avaliação e indicaram alterações para qualificar o conteúdo e adequar a linguagem. Na segunda fase, participaram 14 profissionais de saúde. O manual teve avaliações positivas e boa adesão. O desenvolvimento de manuais técnicos-científicos é uma forma de capacitar profissionais e incentivar boas práticas. A avaliação auxilia na qualificação do material e na sua adequação à realidade dos serviços de saúde.
Downloads
Referências
Associação Brasileira de Psiquiatria. (2014). Suicídio: informando para previnir. Portal Print Gráfica e Editora.
Bertolote, J. M., Mello-Santos, C., & Botega, N. J. (2010). Detecção do risco de suicídio nos serviços de emergência psiquiátrica. Brazilian Journal of Psychiatry, 32(2), 87-95. https://doi.org/10.1590/S1516-44462010000600005 DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-44462010000600005
Botega, N. J., Marín-León, L., Oliveira, H. B., Barros, M. B. A., Silva, V. F., & Dalgalarrondo, P. (2009). Prevalências de ideação, plano e tentativa de suicídio: um inquérito de base populacional em Campinas, São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 25(12), 2632-2638. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009001200010 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009001200010
Brasil. (2019). Lei nº 13.819, de 26 de abril de 2019. Institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, a ser implementada pela União, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; e altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13819.htm
Carmona-Navarro, M. C., & Pichardo-Martínez, M. C. (2012). Atitudes do profissional de enfermagem em relação ao comportamento suicida: influência da inteligência emocional. Revista latino-americana de enfermagem, 20(6), 1161-1168. https://doi.org/10.1590/S0104-11692012000600019 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-11692012000600019
Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio do Estado do Rio Grande do Sul, Comissão da Criança e do/a Adolescente. (2019). Guia intersetorial de prevenção do comportamento suicida em crianças e adolescentes.
Conselho Nacional de Saúde. (2016). Resolução no 510/2016. http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf
Echer, I. C. (2005). Elaboração de manuais de orientação para o cuidado em saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 13(5), 754-757. https://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692005000500022 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-11692005000500022
Enumo, S. R. F., Weide, J. N., Vicentini, E. C. C., Araujo, M. F., & Machado, W. L. (2020). Enfrentando o estresse em tempos de pandemia: proposição de uma Cartilha. Estudos de Psicologia (Campinas), 37, e200065. https://dx.doi.org/10.1590/1982-0275202037e200065 DOI: https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200065
Finatto, M. (2003). A definição de termos técnico-científicos no âmbito dos estudos de terminologia. Revista de Estudos da Linguagem, 11(1), 197-222. http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.11.1.197-222 DOI: https://doi.org/10.17851/2237-2083.11.1.197-222
Fonseca, L. M. M., Scochi, C. G. S., Rocha, S. M. M., & Leite, A. M. (2004). Cartilha educativa para orientação materna sobre os cuidados com o bebê prematuro. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 12(1), 65-75. https://doi.org/10.1590/S0104-11692004000100010 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-11692004000100010
Freitas, A. P. A., & Borges, L. M. (2017). Do acolhimento ao encaminhamento: O atendimento às tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, 22(1), 50-60. https://10.22491/1678-4669.20170006 DOI: https://doi.org/10.22491/1678-4669.20170006
Klonsky, E. D., Qiu, T., & Saffer, B. Y. (2017). Recent advances in differentiating suicide attempters from suicide ideators. Current Opinion in Psychiatry, 30(1), 15-20. https://doi.org/10.1097/YCO.0000000000000294 DOI: https://doi.org/10.1097/YCO.0000000000000294
Koinis, A., Giannou, V., Drantaki, V., Angelaina, S., Stratou, E., & Saridi, M. (2015). The impact of healthcare workers job environment on their mental-emotional health. Coping Strategies: The case of a local general hospital. Health psychology research, 3(1), 1984. https://doi.org/10.4081/hpr.2015.1984 DOI: https://doi.org/10.4081/hpr.2015.1984
Maple M., Postuvan V., & McDonell S. (2019). Progress in postvention - a call to a focused future to support those exposed to suicide. Crisis: The Journal of Crisis Intervention and Suicide Prevention, 40(6), 379-382. https://doi.org/10.1027/0227-5910/a000620 DOI: https://doi.org/10.1027/0227-5910/a000620
Miccas, F. L., & Batista, S. H. S. S. (2014). Educação permanente em saúde: metassíntese. Revista de Saúde Pública, 48(1), 170-185. https://dx.doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048004498 DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048004498
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. (2006). Prevenção do suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental.
Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde. (2011). Prevenção do suicídio no nível local: orientações para a formação de redes municipais de prevenção e controle do suicídio e para os profissionais que a integram. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. (2016). Viva: instrutivo notificação de violência interpessoal e autoprovocada (2. ed.). http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/viva_instrutivo_violencia_interpessoal_autoprovocada_2ed.pdf
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. (2017). Suicídio. Saber, agir e prevenir. Boletim epidemiológico: perfil epidemiológico das tentativas e óbitos por suicídio no Brasil e a rede de atenção à saúde. https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/acolha-a-vida/bibliografia/2017025PerfilepidemiologicodastentativaseobitosporsuicidionoBrasilearededeatenaoasade.pdf
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. (2017b). Notificação de violências interpessoais e autoprovocadas. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/notificacao_violencias_interpessoais_autoprovocadas.pdf
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. (2021). Boletim Epidemiológico: mortalidade por suicídio e notificações de lesões autoprovocadas no Brasil. https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/setembro/20/boletim_epidemiologico_svs_33_final.pdf
Miranda, R., Ortin, A., Scott, M., & Shaffer, D. (2014). Characteristics of suicidal ideation that predict the transition to future suicide attempts in adolescents. Journal of child psychology and psychiatry, and allied disciplines, 55(11), 1288-1296. https://doi.org/10.1111/jcpp.12245 DOI: https://doi.org/10.1111/jcpp.12245
Oliveira, C. T., Collares, L. A., Noal, M. H. O., & Dias, A. C. G. (2016). Percepções de uma equipe de saúde mental sobre o comportamento suicida. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 9(1), 78-89.
Oliveira, M., Lucena, A., & Echer, I. (2014). Sequelas neurológicas: elaboração de um manual de orientação para o cuidado em saúde. Revista de Enfermagem UFPE on line, 8(6), 1597-1603. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v8i6a9850p1597-1603-2014
Pacheco Jr., A. M., & Mendes, C. J. L. (2015). Qualis de produção técnica: desenvolvimento de métricas para manuais. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 42, 87-88. https://doi.org/10.1590/0100-69912015S01018 DOI: https://doi.org/10.1590/0100-69912015S01018
Paschoal, A. S., Mantovani, M. F., & Méier, M. J. (2007). Percepção da educação permanente, continuada e em serviço para enfermeiros de um hospital de ensino. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 41(3), 478-484. https://doi.org/10.1590/S0080-62342007000300019 DOI: https://doi.org/10.1590/S0080-62342007000300019
Polit, D. F., & Beck, C. (2019). Fundamentos de Pesquisa em Enfermagem: avaliação de evidências para a prática de enfermagem (9. ed.). Artmed.
Reisdorfer, N., de Araujo, G. M., Hildebrandt, L. M., Gewehr, T. R., Nardino, J., & Leite, M. T. (2015). Suicídio na voz de profissionais de enfermagem e estratégias de intervenção diante do comportamento suicida. Revista de Enfermagem da UFSM, 5(2), 295-304. http://dx.doi.org/10.5902/2179769216790 DOI: https://doi.org/10.5902/2179769216790
Rudd, M. D. (2008). Suicide warning signs in clinical practice. Current Psychiatry Reports, 10(1), 8790. http://dx.doi.org/10.1007/s11920-008-0015-4 DOI: https://doi.org/10.1007/s11920-008-0015-4
Sampaio, M. I. C., & Sabadini, A. A. Z. P. (2014). Psicologia baseada em evidências: conhecimento científico na tomada de decisão. Revista Costarricense de Psicología, 33(2),109-121.
Santos, L. K. B. D. A. (2019). O uso das tecnologias digitais para o ensino em hemoterapia: construção e validação de um material didático para um curso a distância [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte]. https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26754
Schneider, L. R., Pereira, R. P. G., & Ferraz, L. (2018). A prática baseada em evidência no contexto da atenção primária à saúde. Saúde Em Debate, 42(118), 594-605. https://doi.org/10.1590/0103-1104201811804 DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811804
Seleghim, M. R., Mombelli, M. A., Oliveira, M. L. F., Waidman, M. A. P., & Marcon, S. S. (2012). Sintomas de estresse em trabalhadoras de enfermagem de uma unidade de pronto socorro. Revista Gaúcha de Enfermagem, 33(3), 165-173. https://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472012000300022 DOI: https://doi.org/10.1590/S1983-14472012000300022
Storino, B. D., Campos, C. F., Chicata, L. C. O., Campos, M. A., Matos, M. S. C., Nunes, R. M. C. M., & Vidal, C. E. L. (2018). Atitudes de profissionais da saúde em relação ao comportamento suicida. Cadernos Saúde Coletiva, 26(4), 369-377. https://doi.org/10.1590/1414-462x201800040191 DOI: https://doi.org/10.1590/1414-462x201800040191
VanOrden, K. A., Witte, T. K., Cukrowicz, K. C., Braithwaite, S. R., Selby, E. A., & Joiner, T. E., Jr. (2010). The interpersonal theory of suicide. Psychological review, 117(2), 575-600. https://doi.org/10.1037/a0018697 DOI: https://doi.org/10.1037/a0018697
Vidal, C. E. L., & Gontijo, E. D. (2013). Tentativas de suicídio e o acolhimento nos serviços de urgência: a percepção de quem tenta. Cadernos Saúde Coletiva, 21(2), 108-114. https://10.1590/s1414-462x2013000200002 DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-462X2013000200002
World Health Organization. (2000). Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde em atenção primária. World Health Organization.
World Health Organization. (2002). World report on violence and health.
World Health Organization. (2012). Public health action for the prevention of suicide: a framework.
World Health Organization. (2014). Preventing Suicide: a global imperative.
World Health Organization. (2019). Suicide in the world – global health estimates.
Zombini, E. V., & Pelicioni, M. C. F. (2011). Estratégias para a avaliação de um material educativo em saúde ocular. Journal of Human Growth and Development, 21(1), 51-58. DOI: https://doi.org/10.7322/jhgd.19995
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Psico
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.
