O protagonismo de idosas na promoção da saúde: rodas de conversa na comunidade

Autores/as

  • Camila Fabiana Lemos Francescato Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ
  • Vivian Steffen Heimerdinger Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa - FUMSSAR
  • Valéria Baccarin Ianiski Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ
  • Arlete Regina Roman Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ

DOI:

https://doi.org/10.15448//2357-9641.2017.2.28049

Palabras clave:

atenção primária à saúde, idoso, autocuidado, estrutura de grupo, autonomia pessoal.

Resumen

O objetivo deste estudo foi compreender como usuárias que frequentam rodas de conversa na comunidade exercem o protagonismo, utilizando o conhecimento adquirido nas rodas e de que maneira multiplicam essas informações na promoção do cuidado em saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva que entrevistou oito mulheres idosas (60 anos ou mais) da comunidade, pertencentes a diferentes micro áreas de um território de saúde, de um município do interior do estado do Rio Grande do Sul/BR, durante o mês de setembro de 2016. As mesmas deveriam ter participado de no mínimo quatro rodas de conversa no decorrente ano. Elas responderam a um questionário com perguntas abertas e fechadas. As entrevistas foram analisadas segundo os pressupostos da análise de conteúdo proposta por Minayo (2010) e os resultados foram organizados por categorias de análise, considerando as etapas de pré-análise, exploração do material e tratamento e interpretação dos resultados. Conclui-se que as rodas de conversa enquanto metodologia ativa e tecnologia leve do cuidado geram benefícios na promoção do autocuidado, transformando o cotidiano dos indivíduos que delas participam e o meio social e familiar ao qual estão inseridas, ocupando elas, o papel de agentes multiplicadores de saberes nos seus espaços de convívio. Além disso, o espaço da roda de conversa mostrou-se um local de construção coletiva, que eleva relações harmoniosas com a equipe de saúde, fortalecendo vínculos terapêuticos e o protagonismo das usuárias envolvidas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Camila Fabiana Lemos Francescato, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ

Enfermeira, residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família UNIJUÍ/FUMSSAR. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUÍ

Vivian Steffen Heimerdinger, Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa - FUMSSAR

Psicóloga, preceptora de campo do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família UNIJUÍ/FUMSSAR.

Valéria Baccarin Ianiski, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ

Nutricionista, profissional de saúde residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família UNIJUÍ/FUMSSAR. Departamento de Ciência da Vida - DcVida.

Arlete Regina Roman, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ

Enfermeira, orientadora tutora do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família UNIJUÍ/FUMSSAR. Departamento de Ciências da Vida- DcVida

Citas

Tasca R. (Coord.). A atenção à saúde coordenada pela APS: construindo as redes de atenção no SUS - Contribuições para o debate. Organização Pan-Americana da Saúde. [Internet]. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.113 p. (NAVEGADORSUS 2). [Citado em 2016 20 de novembro]. Disponível em:< http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&alias=1366-a-atencao-a-saude-coordenada-pela-aps-construindo-as-redes-atencao-no-sus-serie-navegadorsus-n-2-6&category_slug=serie-navegadorsus-239&Itemid=965>.

Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. [Internet]. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. 512p. [Citado em 2016 20 de novembro]. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude.pdf>.

Ministério da Saúde. Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. [Internet]. Brasília, 2006. [Citado em 2016 20 de novembro]. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_saude_pessoa_idosa_n19.pdf>.

Ministério da Saúde. Brasil Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: obesidade. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 212 p.: il. [Citado em 2016 12 de novembro]. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_doenca_cronica_obesidade_cab38.pdf>.

Merhy EE. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho vivo. In: Merhy EE, Onocko R. (Orgs.). Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 2007. p.71-112.

Ministério da Saúde. Brasil. Política Nacional de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. [Internet]. Brasília, 2012. [Citado em 2016 26 de novembro]. Disponível em: < http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf>.

Dias VP, Silveira DT, Witt RR. Educação em saúde: o trabalho de grupos em atenção primária. Rev. APS, 2009. abr./jun. v. 12, n. 2, p. 221-227.

Campos GWS. Saúde Paidéia. São Paulo: Hucitec, 2010.

Brasil. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos. Lei n° 11.129 de 30 de junho de 2005. Institui a Residência em Área Profissional de Saúde e cria a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde - CNRMS. 2005. [Internet]. [Citado em 2016 10 de dezembro]. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11129.htm>.

Tajra I. Roda de conversa como instrumento para criação de grupos de interação social e educacional em saúde relato de experiência [monografia]. Teresina (PI): Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul - UFRGS, Escola de Enfermagem; 2015.

Minayo MCS (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

Rozendo AS, Justo JS, Correa MR. Protagonismo político e social na velhice: cenários, potências e problemáticas. Revista Kairós Gerontologia, 2010, jun, São Paulo, 13 (1): 35-52.

Campos GWS, Figueiredo MD, Pereira Júnior N, et al. Application of Paideia methodology to institutional support, matrix support and expanded clinical practice. Interface (Botucatu). 2014; 18 Supl 1:983-95.

Freire P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª. ed. Coleção Leitura. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

Ministério da Saúde. Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Mental. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. [Internet]. Brasília/DF: Ministério da Saúde, 2013. [Citado em 2016 10 de dezembro]. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_34_saude_mental.pdf>.

Lopes RF, Lopes MTF, Camara VD. Entendendo a solidão do idoso. RBCEH, Passo Fundo, 2009. set./dez. v. 6, n. 3, 373-381.

Fekete GM. O envelhecimento da população mundial resumo. Web artigos. [Internet]. 2010. [Citado em 2016 20 de novembro]. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/o-envelhecimento-da-populacao mundial/37908/#ixzz4QpgS0wWD>.

Baquero RVA. A situação das Américas: democracia, capital social e Empoderamento. Empoderamento: instrumento de emancipação social? – uma discussão conceitual. Revista Debates, 2012. jan.-abr, Porto Alegre, v. 6, n.1, 173-187.

Meneguessi GM, Teixeira JPDS, Jesus CAC de, et al. Reabilitação na lesão medular: reflexão sobre aplicabilidade da teoria do déficit do autocuidado de orem. Rev. enferm. UFPE, 2012. [Internet] dez, v. 6, n.12, p.3006. [Citado em 2016 28de novembro]. Disponível em:<http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/2801/pdf_1779>.

Sampaio J, Santos GC, Agostini M, et al. Limites e potencialidades das rodas de conversa no cuidado em saúde: uma experiência com jovens no sertão pernambucano. Interface, Botucatu, 2014, v.18, suppl. 2, 1299-1311.

Barata RB. Acesso e uso de serviços de saúde considerações sobre os resultados da Pesquisa de condições de vida 2006. São Paulo em Perspectiva, 2008, jul./dez, v. 22, n. 2, 19-29.

Bonetti OP, Pedrosa JIS, Siqueira TCA. Educação Popular em Saúde como política do Sistema Único de Saúde. Rev. APS, 2011, v. 14, n. 4, 397-407.

Ministério da Saúde. Brasil. Gabinete do Ministro. Portaria nº 2.761, de 19 de novembro de 2013. Institui a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS). [Internet]. Brasília, 2013a. [Citado em 2016 12 de novembro]. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2761_19_11_2013.html>.

Patrocínio WP, Torres SVS, Guariento ME. Programa de educação popular em saúde: hábitos de vida e sintomas depressivos em idosos. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, 2013. Rio de Janeiro, v. 16, n. 4, 781-792.

Publicado

2017-12-27

Cómo citar

Francescato, C. F. L., Heimerdinger, V. S., Ianiski, V. B., & Roman, A. R. (2017). O protagonismo de idosas na promoção da saúde: rodas de conversa na comunidade. PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research, 5(2), 62–68. https://doi.org/10.15448//2357-9641.2017.2.28049

Número

Sección

Artículo original