O protagonismo de idosas na promoção da saúde: rodas de conversa na comunidade
DOI:
https://doi.org/10.15448//2357-9641.2017.2.28049Palabras clave:
atenção primária à saúde, idoso, autocuidado, estrutura de grupo, autonomia pessoal.Resumen
O objetivo deste estudo foi compreender como usuárias que frequentam rodas de conversa na comunidade exercem o protagonismo, utilizando o conhecimento adquirido nas rodas e de que maneira multiplicam essas informações na promoção do cuidado em saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva que entrevistou oito mulheres idosas (60 anos ou mais) da comunidade, pertencentes a diferentes micro áreas de um território de saúde, de um município do interior do estado do Rio Grande do Sul/BR, durante o mês de setembro de 2016. As mesmas deveriam ter participado de no mínimo quatro rodas de conversa no decorrente ano. Elas responderam a um questionário com perguntas abertas e fechadas. As entrevistas foram analisadas segundo os pressupostos da análise de conteúdo proposta por Minayo (2010) e os resultados foram organizados por categorias de análise, considerando as etapas de pré-análise, exploração do material e tratamento e interpretação dos resultados. Conclui-se que as rodas de conversa enquanto metodologia ativa e tecnologia leve do cuidado geram benefícios na promoção do autocuidado, transformando o cotidiano dos indivíduos que delas participam e o meio social e familiar ao qual estão inseridas, ocupando elas, o papel de agentes multiplicadores de saberes nos seus espaços de convívio. Além disso, o espaço da roda de conversa mostrou-se um local de construção coletiva, que eleva relações harmoniosas com a equipe de saúde, fortalecendo vínculos terapêuticos e o protagonismo das usuárias envolvidas.
Descargas
Citas
Tasca R. (Coord.). A atenção à saúde coordenada pela APS: construindo as redes de atenção no SUS - Contribuições para o debate. Organização Pan-Americana da Saúde. [Internet]. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.113 p. (NAVEGADORSUS 2). [Citado em 2016 20 de novembro]. Disponível em:< http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&alias=1366-a-atencao-a-saude-coordenada-pela-aps-construindo-as-redes-atencao-no-sus-serie-navegadorsus-n-2-6&category_slug=serie-navegadorsus-239&Itemid=965>.
Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. [Internet]. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. 512p. [Citado em 2016 20 de novembro]. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude.pdf>.
Ministério da Saúde. Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. [Internet]. Brasília, 2006. [Citado em 2016 20 de novembro]. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_saude_pessoa_idosa_n19.pdf>.
Ministério da Saúde. Brasil Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: obesidade. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 212 p.: il. [Citado em 2016 12 de novembro]. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_doenca_cronica_obesidade_cab38.pdf>.
Merhy EE. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho vivo. In: Merhy EE, Onocko R. (Orgs.). Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 2007. p.71-112.
Ministério da Saúde. Brasil. Política Nacional de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. [Internet]. Brasília, 2012. [Citado em 2016 26 de novembro]. Disponível em: < http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf>.
Dias VP, Silveira DT, Witt RR. Educação em saúde: o trabalho de grupos em atenção primária. Rev. APS, 2009. abr./jun. v. 12, n. 2, p. 221-227.
Campos GWS. Saúde Paidéia. São Paulo: Hucitec, 2010.
Brasil. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos. Lei n° 11.129 de 30 de junho de 2005. Institui a Residência em Área Profissional de Saúde e cria a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde - CNRMS. 2005. [Internet]. [Citado em 2016 10 de dezembro]. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11129.htm>.
Tajra I. Roda de conversa como instrumento para criação de grupos de interação social e educacional em saúde relato de experiência [monografia]. Teresina (PI): Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul - UFRGS, Escola de Enfermagem; 2015.
Minayo MCS (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
Rozendo AS, Justo JS, Correa MR. Protagonismo político e social na velhice: cenários, potências e problemáticas. Revista Kairós Gerontologia, 2010, jun, São Paulo, 13 (1): 35-52.
Campos GWS, Figueiredo MD, Pereira Júnior N, et al. Application of Paideia methodology to institutional support, matrix support and expanded clinical practice. Interface (Botucatu). 2014; 18 Supl 1:983-95.
Freire P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª. ed. Coleção Leitura. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
Ministério da Saúde. Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Mental. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. [Internet]. Brasília/DF: Ministério da Saúde, 2013. [Citado em 2016 10 de dezembro]. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_34_saude_mental.pdf>.
Lopes RF, Lopes MTF, Camara VD. Entendendo a solidão do idoso. RBCEH, Passo Fundo, 2009. set./dez. v. 6, n. 3, 373-381.
Fekete GM. O envelhecimento da população mundial resumo. Web artigos. [Internet]. 2010. [Citado em 2016 20 de novembro]. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/o-envelhecimento-da-populacao mundial/37908/#ixzz4QpgS0wWD>.
Baquero RVA. A situação das Américas: democracia, capital social e Empoderamento. Empoderamento: instrumento de emancipação social? – uma discussão conceitual. Revista Debates, 2012. jan.-abr, Porto Alegre, v. 6, n.1, 173-187.
Meneguessi GM, Teixeira JPDS, Jesus CAC de, et al. Reabilitação na lesão medular: reflexão sobre aplicabilidade da teoria do déficit do autocuidado de orem. Rev. enferm. UFPE, 2012. [Internet] dez, v. 6, n.12, p.3006. [Citado em 2016 28de novembro]. Disponível em:<http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/2801/pdf_1779>.
Sampaio J, Santos GC, Agostini M, et al. Limites e potencialidades das rodas de conversa no cuidado em saúde: uma experiência com jovens no sertão pernambucano. Interface, Botucatu, 2014, v.18, suppl. 2, 1299-1311.
Barata RB. Acesso e uso de serviços de saúde considerações sobre os resultados da Pesquisa de condições de vida 2006. São Paulo em Perspectiva, 2008, jul./dez, v. 22, n. 2, 19-29.
Bonetti OP, Pedrosa JIS, Siqueira TCA. Educação Popular em Saúde como política do Sistema Único de Saúde. Rev. APS, 2011, v. 14, n. 4, 397-407.
Ministério da Saúde. Brasil. Gabinete do Ministro. Portaria nº 2.761, de 19 de novembro de 2013. Institui a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS). [Internet]. Brasília, 2013a. [Citado em 2016 12 de novembro]. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2761_19_11_2013.html>.
Patrocínio WP, Torres SVS, Guariento ME. Programa de educação popular em saúde: hábitos de vida e sintomas depressivos em idosos. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, 2013. Rio de Janeiro, v. 16, n. 4, 781-792.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la PAJAR implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a PAJAR como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.