Oakeshott e a gênese do racionalismo moderno

algumas considerações sobre a seção III de Rationalism in Politics

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2023.1.44546

Palavras-chave:

Oakeshott, Política, Racionalismo, Conservadorismo

Resumo

O pensamento do filósofo britânico Michael Oakeshott é frequentemente recrutado no debate entre conservadorismo e posições progressistas, no qual algumas de suas distinções e explicitações são postas a serviço da crítica a determinados aspectos dessa última. Um de seus principais movimentos argumentativos consiste em apontar que posições políticas fundamentalmente revolucionárias pressupõem certa concepção de racionalidade que, por sua vez, estaria em desacordo com uma visão clássica acerca da faculdade intelectiva humana ao mesmo tempo em que privilegia tal concepção em relação a outras esferas da experiência humana. No entanto, embora usual, tal reconstrução não apenas não faz justiça aos objetivos e à argumentação de Oakeshott, como parece ignorar uma compreensão mais genuína do racionalismo nos séculos XVII e XVIII. Assim, o objetivo deste artigo é explorar a argumentação de Oakeshott tal qual exposta na seção III de seu Rationalism in Politics a fi m de, simultaneamente, precisar seus objetivos e colocá-los em perspectiva em relação à gênese histórico-temática do racionalismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriel Ferreira, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), São Leopoldo, RS, Brasil.

Doutor em Filosofia e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Referências

ARISTÓTELES, Nichomachean Ethics, Cambridge: CUP, 2004.

BACON, F. Novum Organon ou Verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza, São Paulo: Nova Cultural, 1999.

BERTI, E. As razões de Aristóteles, São Paulo: Loyola, 1998.

COTTINGHAM, J. The Rationalists – A history of western philosophy - 4, New York: OUP, 1988.

DESCARTES, R. El mundo. Tratado de la luz (edição bilíngue). Barcelona: Anthropos, 1989.

DESCARTES, R. Princípios da filosofia, Lisboa: Edições 70, 1997.

DESCARTES, R. Meditations on First Philosophy with selections from the Objections and Replies. Oxford: OUP, 2008.

DES CHENE, D. Physiologia: Philosophy of Nature in Descartes and the Aristotelians, Ithaca: Cornell University Press, 1995.

LEIBNIZ, G. W. Philosophical Essays, Indianapolis: Hackett Publishing Company, 1989.

MENN, Stephen, “The intellectual setting” in GARBER, Daniel; AYERS, Michael (eds.). The Cambridge History of Seventeenth-Century Philosophy – vol 1, Cambridge, CUP, 2008, pp. 33-86.

OAKESHOTT, M. “Rationalism in Politics” in OAKESHOTT, M. Rationalism in Politics and other essays, Indianapolis: Liberty Fund, 1991, pp. 5-42. (RiP).

OAKESHOTT, M. A voz da educação liberal, Belo Horizonte: Âyiné, 2021.

SPINOZA, B. “Ethics” in SPINOZA, B. The Collected Writings of Spinoza, 2 vols., Princeton: Princeton University Press, vol. 1: 1985.

Downloads

Publicado

2023-12-08

Como Citar

Ferreira, G. (2023). Oakeshott e a gênese do racionalismo moderno: algumas considerações sobre a seção III de Rationalism in Politics. Veritas (Porto Alegre), 68(1), e44546. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2023.1.44546

Edição

Seção

Varia