Incorporação e comprometimento
Pode a via estética de Arnold Berleant dar sentido à ação ambiental?
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2021.1.41824Palavras-chave:
Estética da natureza, Ética Ambiental, Percepção estética, Incorporação, ComprometimentoResumo
Neste artigo apresentamos as principais linhas de determinação da abordagem estética de Arnold Berleant, assim como as objeções que lhe são lançadas pelo filósofo ambiental Holmes Rolston III. Tratando-se de uma perspetiva emotivista, a conceptualização de Berleant não faculta a compreensão de uma estética da natureza de significado ético, penalizando, deste modo, o diálogo entre a apreciação estética e a ação. No entanto, a nosso ver, a dimensão sensitiva do apreciante aqui retratada, constitui uma valiosa perspetiva sobre a multidimensionalidade da experiência estética da natureza e, logo, um contributo fundamental que deve ser integrado e afirmado na correlação entre a estética e a ética ambientais.
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