HOMEM E NATUREZA EM HENRIQUE DE GANO: UMA MUDANÇA DE RUMO NA ANTROPOLOGIA AUGUSTINISTA

Autores

  • Mário S. de Carvalho Universidade de Coimbra (Portugal).

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.1999.3.35229

Palavras-chave:

Augustianismo. Avincenianismo. Henrique de Grande. Homem. Natureza.

Resumo

Depois de J. Gómez Caffarena, de C.
Bérubé e de R. Macken, sobretudo, terem insistido
numa leitura augustinista da antropologia
henriquina, a nossa contribuição (mais sistemática
do que histórica) pretende antes retirar as
consequências da correcção do augustinismo
que, por meio do avicenismo, Henrique de Gand
levou a cabo. Propomos uma leitura da natureza
(natura) na sua especificidade metafísica, de
anterioridade em relação ao universal e ao singular,
tendo como efeito uma antropoteologia que é
uma verdadeira mudança de rumo do augustinismo
como uma quota-parte para a Modernidade.
Ilustraremos a nossa tese insistindo: na
situação histórica de Henrique, no seu programa
metafísico-crítico, na doutrina da relação e na da
individuação. Os textos abordados serão da
Summa, dos Quodlibet e da Lectura ordinaria.
Finalmente, apontaremos para um horizonte
contemporâneo em que a antropologia deve ser
refeita na relação com a natureza. Por outras
palavras: a natureza do homem não pode passar
sem aquilo que faz o homem um ser de natureza.
Foi precisamente isto que Henrique de Gand
esqueceu devido ao seu avicenismo, mas não
menos ao seu augustinismo de que é (como
afirmaram os três intérpretes citados) fundamental
nele.

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Publicado

1999-12-31

Como Citar

de Carvalho, M. S. (1999). HOMEM E NATUREZA EM HENRIQUE DE GANO: UMA MUDANÇA DE RUMO NA ANTROPOLOGIA AUGUSTINISTA. Veritas (Porto Alegre), 44(3), 679–694. https://doi.org/10.15448/1984-6746.1999.3.35229