A concepção de alma em Avicena: não apesar de Aristóteles e, sim, através de Aristóteles

Autores

  • Antonio Carlos de Madalena Genz UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2014.3.22781

Palavras-chave:

Avicena. Alma. Aristotelismo. Neoplatonismo. Substância.

Resumo

No artigo, analisa-se a concepção de alma de Avicena (Ibn Sina), apresentada no Livro da alma, com particular atenção ao experimento do Homem Suspenso no Espaço (HSE) e as questões derivadas a partir do mesmo. Essas dizem respeito ao vínculo de Avicena com o aristotelismo ou o neoplatonismo, as duas principais
influências filosóficas sobre o autor. Embora utilize principalmente conceitos aristotélicos, com o mencionado experimento Avicena rompe com a concepção aristotélica da alma, afirmando a estrita substancialidade dessa última. No artigo, busca-se mostrar que, não obstante a noção de substancialidade ser estranha ao quadro aristotélico, ainda assim Avicena é mais bem compreendido, quanto à
doutrina da alma, se visto pela ótica aristotélica, e não por uma ótica
neoplatônica.

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Biografia do Autor

Antonio Carlos de Madalena Genz, UFRGS

Doutor em filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Referências

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Publicado

2016-01-04

Como Citar

Genz, A. C. de M. (2016). A concepção de alma em Avicena: não apesar de Aristóteles e, sim, através de Aristóteles. Veritas (Porto Alegre), 59(3), 430–449. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2014.3.22781