Eu sou normal

Autores

  • Ricardo Lísias Universidade Federal de São Paulo

Palavras-chave:

Autoficção, Crítica literária, Literatura contemporânea.

Resumo

A partir das polêmicas teóricas e midiáticas que envolveram a publicação e a posterior recepção crítica do seu romance Divórcio, lançado em 2013, Ricardo Lísias busca neste seu “ensaio-manifesto” formular impressões, conceitos e comentários a cerca do papel deste romance em sua obra e explicitar algumas ideias e visões que norteiam o seu projeto estético para a literatura. Também busca problematizar conceitos como o da autoficção (sob o qual o seu livro muitas vezes foi lido e valorado), bem como as noções de autor, representação e a viabilidade de se recriar a realidade. Lísias ainda busca trazer à tona questões políticas e ideológicas que percebe no discurso crítico de alguns agentes que analisaram a sua obra.

 

************************************************************************************************************************************************************************************************************

 

I Am Normal

 

Abstract: From theoretical and media controversies that involved the publication and subsequent critical reception upon his novel, Divórcio, published in 2013, Ricardo Lísias searches in this “manifest-essay” to articulate impressions, concepts and observations about the role of this novel through his work and clarify some ideas and visions that guide his aesthetical project for literature. He also aims to discuss concepts such as self-fiction (under which his books were often read and valued), as well as notions about authorship, representation and viability of recreating reality. Lísias also seeks to find political and ideological issues perceived over the critic discourse of some agents who have examined his book.

 

Keyword: Self-fiction, Literary criticism, Present-day literature.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Estâncias – a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tradução de Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2007.

BARTHES, Roland. Roland Barthes por Roland Barthes. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.

BAUDRILLARD, Jean. Esquecer Foulcault. Tradução de Claudio Mesquita e Herbert Daniel. Rio de Janeiro: Rocco, 1984.

BLIKSTEIN, Izidoro. Kaspar Hauser ou A fabricação da realidade. São Paulo: Cultrix, 2003.

BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. Tradução de Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

CALAMANDREI, Piero. Derecho procesal III. Buenos Aires: Ediciones Jurídicas Europa-América, 1973.

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Tradução de Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

DERRIDA, Jacques. O cartão postal – de Sócrates a Freud e além. Tradução de Ana Valéria Lessa e Simone Perelson. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

______. Gramatologia. Tradução de Miriam Chnaidermann e Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Perspectiva, 2006.

DERRIDA, Jacques; Benningron, Geoffrey. Circonfissão. In: Jacques Derrida. Tradução de Anamaria Skinner. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Tradução de Roberto Machado e Eduardo J. Morais. Rio de Janeiro: Nau Editora, 1999.

FREUD, Sigmund. O inconsciente. In: Escritos sobre a psicologia do inconsciente. Coordenação da tradução de Luiz Alberto Hanns. Rio de Janeiro: Imago, 2006.

HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo. Tradução de Paulo Astor Soethe. São Paulo: Martins Fontes, 2012. v. 1.

HEIDEGGER, Martin. A essência da linguagem. In: A caminho da linguagem. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2003.

HUSSERL, Edmund. Investigações lógicas – sexta investigação. In: Os pensadores, v. XLI. Tradução de Zeljko Loparic e Andrea Maria Altino de Campos Loparic. São Paulo: Abril Cultural, 1975.

KLINGER, Diana. Escritas de si, escritas do outro – o retorno do autor e a virada etnográfica. 2. ed. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2012,

PERNIOLA, Mario. Ligação direta – estética e política. Tradução de Davi Pessoa Carneiro. Florianópolis: Editora da UFSC, 2011.

SARTRE, Jean Paul. As palavras. Tradução de J. Guinsburg. Rio de Janeiro: Difel, 1978.

______. O idiota da família – Gustave Flaubert de 1821 a 1857. Tradução de Julia da Rosa Simões. Porto Alegre: L&PM, 2014.

WARHOL, Andy. América. Tradução de Ana Luiza Lopes. Porto Alegre: L&PM, 2012.

ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Tradução de Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: CosacNaify, 2007.

Downloads

Publicado

2016-04-06

Edição

Seção

Libera (Seção livre)