Relações Afetivo-sexuais

Concepções e Representações de Jovens Universitários de Classes Médias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2023.1.39108

Palavras-chave:

estudantes universitários, classe média, sexualidade, infidelidade, monogamia

Resumo

Este estudo teve por objetivo analisar as concepções e representações de jovens universitários de ambos os sexos, pertencentes às classes médias e de diferentes orientações sexuais, a respeito de suas relações afetivo-sexuais. Participaram 24 jovens, estudantes de universidade pública, cujas idades variaram de 18 a 30 anos, sendo 13 homens e 11 mulheres. A coleta de dados consistiu na aplicação de questionários socioeconômicos e na realização de cinco sessões áudio-gravadas de grupo focal. O material foi organizado conforme a Análise Temática da qual emergiram as seguintes categorias: relacionamento fechado e relacionamento aberto. Para a maioria dos participantes, as representações sobre relacionamento fechado e aberto revelaram-se plurais e fl exíveis conforme acordado pela dupla/casal. Os relacionamentos afetivo-sexuais não estariam apenas sob a égide de ritos institucionalizados (namoro, noivado, casamento), mas seriam construídos paulatinamente conforme acordos satisfatórios.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eduardo Name Risk, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, Brasil (UFSCar)

Doutor em Ciências (Área de concentração: Psicologia em Saúde e Desenvolvimento) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto,
SP, Brasil, realizou estágio de pós-doutorado no Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, SP, Brasil. Servidor público federal; professor Adjunto do Departamento de Psicologia do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em São Carlos, SP, Brasil.

Marina Piran, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto-SP, Brasil

Psicóloga e bacharel em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Wanderlei Abadio de Oliveira, Pontificia Universidade Católica de Campinas, Campinas/SP, Brasil

Doutor em Ciências (Área de concentração: Assistência à criança e ao adolescente) pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, SP, Brasil, realizou estágio de pós-doutorado no Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, SP, Brasil. Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), em Campinas, SP, Brasil. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq - Brasil), PQ-2.

Manoel Antônio dos Santos, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto-SP, Brasil

Livre-docente em Psicoterapia Psicanalítica pelo Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, SP, Brasil. Doutor em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, SP, Brasil. Professor Titular do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, SP, Brasil. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq - Brasil), PQ-1A

Referências

Afonso, M. L. M., Rodrigues, M., & Oliveira, E. F. (2018). Juventude universitária e direitos de cidadania: Sentidos atribuídos à diversidade sexual. Cadernos de Pesquisa, 48(169), 948-972. https://doi.org/10.1590/198053145364

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. (2018). Critério de Classificação Econômica Brasil. http://www.abep.org/criterioBr/01_cceb_2018.pdf

Balieiro, F. F. (2018). Não se meta com meus filhos: A construção do pânico moral da criança sob ameaça. Cadernos Pagu, (53), e185306. http://dx.doi.org/10.1590/18094449201800530006

Balieiro, F. F., & Risk, E. N. (2014). Escola e sexualidades: Uma visão crítica à normalização. In R. Miskolci & J. Leite Jr. (Orgs.), Diferenças na educação: Outros aprendizados (pp. 149-197). Ed. UFSCar.

Bourdieu, P. (2003). A juventude é só uma palavra. In P. Bourdieu, Questões de sociologia (pp. 151-162). Marco Zero.

Bourdieu, P. (2007). A distinção: Crítica social do julgamento (D. Kern & G. J. F. Teixeira, Trads.). Ed. USP; Zouk. (Original publicado em 1979).

Brasil. (2016). Resolução CNS No. 510/2016. ConselhoN acional de Saúde.

Braun V., Clarke V., Hayfield N., & Terry G. (2019). Thematic analysis. In P. Liamputtong (Ed.), Handbook of research methods in health social sciences (pp. 843- 860). Springer. https://doi.org/10.1007/978-981-10-5251-4_103

Connell, R. (2016). A colonialidade do gênero. In R. Connell, Gênero em termos reais (M. Moschkovich, Trad.,pp. 25-44). nVersos.

Duarte, J. P., & Rocha-Coutinho, M. L. (2011). Namorido: Uma forma contemporânea de conjugalidade? Psicologia Clínica, 23(2), 117-135.

Falcke, D., & Zordan, E. P. (2010). Amor, casamento e sexo: Opinião de adultos jovens solteiros. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 62(2), 143-155.

Figueiredo, M. G., & Diniz, G. R. S. (2018). Mulheres, casamento e carreira: Um olhar sob a perspectiva sistêmica feminista. Nova Perspectiva Sistêmica, 27(60), 100-110. https://doi.org/10.38034/nps.v27i60.393

Fontanella, B. J. B., Ricas, J., & Turato, E. R. (2008). Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: Contribuições teóricas. Cadernos de Saúde Pública, 24(1), 17-27. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000100003

Ford, N. J., Vieira, E. M., & Villela, W. V. (2003). Beyond stereotypes of Brazilian male sexuality: Qualitative and quantitative findings from São Paulo. Culture, Health & Sexuality, 5(1), 53-69. https://doi.org/10.1080/713804640

Gaspodini, I. B., & Falcke, D. (2019). Estudos psicológicos brasileiros sobre preconceito contra diversidade sexual e de gênero. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 10(2), 59-79. http://dx.doi.org/10.5433/2236-6407.2019v10n2p59

Giddens, A. (1993). As transformações da intimidade: Sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas (M. Lopes, Trad.). Ed. UNESP.

Heilborn, M. L. (2018). Youth, sexuality and the family in contemporary Brazil. In T. Dwyer, M. K. Gorshkov, I. Modi, C. Li, & M. S. Mapadimeng (Eds.), Handbook of the sociology of youth in the BRICS countries (pp. 419-437). World Scientific. https://doi.org/10.1142/10247

Machado, R. N., Magalhães, A. S., & Palermo, F. R. (2016). Espaço potencial conjugal: Um estudo sobre o empobrecimento do laço conjugal. Cadernos de Psicanálise, 32(1), 33-42.

Matos, M. G., & Magalhães, A. S. (2019). Ser pai na contemporaneidade: Demandas contraditórias. Psicologia Revista, 28(1), 151-173. https://doi.org/10.23925/2594-3871.2019v28i1p151-173

Mira, M. C., & Bertoncelo, E. R. E. (2019). Para além da distinção? Desafios à abordagem bourdieusiana da formação social do gosto. Estudos de Sociologia, 24(46), 19-43.

Paiva, V., Aranha, F., & Bastos, F. I. (2008). Opiniões e atitudes em relação à sexualidade: Pesquisa de âmbito nacional, Brasil 2005. Revista de Saúde Pública, 42(Supl. 1), 54-64. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000800008

Perez, T. S., & Palma, Y. A. (2018). Amar amores: O poliamor na contemporaneidade. Psicologia & Sociedade, 30, e165759. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30165759.

Risk, E. N., & Santos, M. A. (2019). A construção de personagens homossexuais em telenovelas a partir do cômico. Revista Subjetividades, 19(2), e8801. http://doi.org/10.5020/23590777.rs.v19i2.e8801

Santos, M. A., Scatena, L., Ferriani, M. G. C., & Peres, R. S. (2015). Grupo operativo com adolescentes em um núcleo da assistência social:

A questão da identidade de gênero. Vínculo, 12(1), 51-58.

Santos, M. A., Souza, R. S., Lara, L. A. S., Risk, E. N., Oliveira, W. A., Alexandre, V., & Oliveira-Cardoso, E. A. (2019). Transexualidade, ordem médica e política de saúde: Controle normativo do processo transexualizador no Brasil. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 10(1), 3-19. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2019v10n1p03

Schwarcz, L. M. (2019). Sobre o autoritarismo brasileiro. Companhia das Letras.

Soares, A. B., & Del Prette, Z. A. P. (2015). Habilidades sociais e adaptação à universidade: Convergências e divergências dos construtos. Análise Psicológica, 33(2), 139-151. http://dx.doi.org/10.14417/ap.911

Souza, L. K. (2020). Recomendações para a realização de grupos focais na pesquisa qualitativa. PSIUNISC, 4(1), 52-66. http://dx.doi.org/10.17058/psiunisc.v4i1.13500

Sposito, M. P., Souza, R., & Silva, F. A. (2018). A pesquisa sobre jovens no Brasil: Traçando novos desafios a partir de dados quantitativos. Educação e Pesquisa, 44, e170308. https://doi.org/10.1590/s1678-4634201712170308

Vieira, D. É., & Stengel, M. (2010). Os nós do individualismo e da conjugalidade na pós-modernidade. Aletheia, 32, 147-160.

Windle, J., & Maire, Q. (2019). Beyond the global city: A comparative analysis of cosmopolitanism in middle-class educational strategies in Australia and Brazil. Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, 40(5), 717-733. https://doi.org/10.1080/01596306.20

1573905

Yin, R. K. (2016). Pesquisa qualitativa do início ao fim (D.Bueno, Trad.). Penso.

Zordan, E. P., Falcke, D., & Wagner, A. (2009). Casar ou não casar? Motivos e expectativas com relação ao casamento. Psicologia em Revista, 15(2), 56-76.

Downloads

Publicado

2023-10-23

Como Citar

Risk, E. N., Piran, M., Abadio de Oliveira, W., & Antônio dos Santos, M. (2023). Relações Afetivo-sexuais: Concepções e Representações de Jovens Universitários de Classes Médias. Psico, 54(1), e39108. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2023.1.39108