A imprensa e o gênero jornalismo do mato no regime militar

Autores

  • Álvaro Nunes Larangeira Universidade Tuiuti do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2015.4.21341

Palavras-chave:

jornalismo do mato, gênero jornalístico, regime militar

Resumo

O presente artigo propõe-se, a partir da postura das empresas jornalísticas nos episódios resultantes no golpe de Estado destituindo João Goulart da presidência da República em 1964 e na validação do regime militar cuja vigência estendeu-se por 21 anos, e retomando a posição majoritária dos jornais no Império de ratificadores na quase totalidade da existência do sistema escravista brasileiro, a conceituar como jornalismo do mato o gênero midiático abonador do período autoritário e distintivo da dubiedade da imprensa em representar-se como baluarte democrático da sociedade, enquanto desempenhava, na verdade, o ofício de assessor, cúmplice e publicista de um governo autocrático, repressivo e segregacionista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Álvaro Nunes Larangeira, Universidade Tuiuti do Paraná

Docente do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná. Doutor em Comunicação pela PUCRS e pós-doutor em Jornalismo pela Universidade de Coimbra. Auto do livro A mídia e o regime militar (Sulina/2014). E-mail: [email protected]

Referências

ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de Estado. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. Brasil: nunca mais. Petrópolis: Vozes, 2011.

ASSIS, Machado de. Pae contra mãe. In: ______. Reliquias de casa velha. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1906.

BALDO, Mario. O capitão-do-mato. 1980. 132 f. Dissertação (Mestrado em História do Brasil)- Curso de Pós-graduação em História, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1980.

BIBLIOTECA NACIONAL. Documentos históricos – 1650-1693: Provisões, patentes, alvarás. Vol. XXXI. Rio de Janeiro: Typographia Archivo de História Brasileira, 1936.

______. Documentos Históricos – 1660-1670: Portaria dos governadores geraes Francisco Barreto, Conde de Obidos, Alexandre de Souza Freire. Vol. VIII da Série E V dos DOCS. da Bib. Nac. Rio de Janeiro: Augusto Porto & E, 1929.

COMISSÃO DE FAMILIARES DE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS; INSTITUTO DE ESTUDO DA VIOLÊNCIA DO ESTADO; GRUPO TORTURA NUNCA MAIS. Dossiê dos mortos e desaparecidos políticos a partir de 1964. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1995.

FREYRE, Gilberto. Os escravos nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. Recife: Imprensa Universitária, 1963.

GOULART, José Alípio. Da fuga ao suicídio: aspectos da rebeldia dos escravos no Brasil. Temas Brasileiros. Rio de Janeiro: Conquista; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1972.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere: v. 2: Os intelectuais. O princípio educativo. Jornalismo. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

LAÊRTIOS, Diôgenes. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. 2. ed. Brasília: Editora UnB, 2008.

LEITHOLD, Theodor von; RANGO, Ludwig von. O Rio de Janeiro visto por dois prussianos em 1819. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1966.

MARTINS. Tarcísio José. Quilombo do Campo Grande: A história de Minas que se devolve ao povo. Contagem: Santa Clara, 2008.

McLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 1969.

MORAIS, Fernando. Chatô: o rei do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

NABUCO, Joaquim. Discursos parlamentares (1879-1889): obras completas de Joaquim Nabuco. V. 11. São Paulo: Instituto Progresso Editorial, 1949.

SODRÉ. Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. 4. ed. Rio de janeiro: Mauad, 1999.

VOLTAIRE. Cândido ou o Otimismo. Porto Alegre: L&PM, 2009.

Downloads

Publicado

2015-09-15

Como Citar

Larangeira, Álvaro N. (2015). A imprensa e o gênero jornalismo do mato no regime militar. Revista FAMECOS, 22(4), 36–54. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2015.4.21341

Edição

Seção

Jornalismo