É possivel desprescrever medicamentos agonistas dos receptores benzodiazepínicos em idosos?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2357-9641.2023.1.45098

Palavras-chave:

desprescrições, receptores de GABA-A, idoso

Resumo

Objetivo: verificar a viabilidade e os fatores relacionados à desprescrição de agonistas de receptores de benzodiazepínicos (ARBZ).
Métodos: estudo longitudinal, prospectivo e = intervencionista, realizado com idosos atendidos no ambulatório de psiquiatria geriátrica, os quais foram divididos em dois grupos: os usuários e os não usuários de ARBZ. Os instrumentos utilizados foram: Questionário geral, Escala Depressão Geriátrica Reduzida, Inventário de Ansiedade Geriátrica e Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg.
Resultados: foram avaliados 74 pacientes, 40 (54,1%) usuários de ARBZ e 34 (45,9%) não usuários, com média de idade de 71,3±7,5 anos. Pacientes em uso de ARBZ apresentaram maior taxa de abandono ao processo de desprescrição 26 (65%). Sete pacientes cessaram o uso de ARBZ completamente (17,5%) e cinco reduziram (12,5%). Em relação aos sintomas depressivos e ansiosos, as médias dos escores foram menores na avaliação final. Em relação à qualidade do sono, os usuários de ARBZ apresentaram valores superiores na linha de base e, ao fim do tratamento, ambos os grupos apresentaram redução desses valores.
Conclusão: a desprescrição é viável e segura. No entanto, existe uma resistência tanto da parte do paciente como dos prescritores. Os níveis de ansiedade, de- pressão e qualidade do sono melhoram após a retirada dos medicamentos ARBZ.

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Biografia do Autor

Letícia Güenter Dannebrock, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Mestre em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Paula Engroff, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Vanessa Sgnaolin, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Isabela de Paula Bueno, Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brazil.

Graduando em Biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Alfredo Cataldo Neto, Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brazil.

Doutor em Medicina e Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil. Professor Titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

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Publicado

2023-12-04

Como Citar

Güenter Dannebrock, L., Engroff, P., Sgnaolin, V., de Paula Bueno, I., & Cataldo Neto, A. (2023). É possivel desprescrever medicamentos agonistas dos receptores benzodiazepínicos em idosos?. PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research, 11(1), e45098. https://doi.org/10.15448/2357-9641.2023.1.45098

Edição

v. 11 n. 1 (2023): Volume Único

Seção

Artigo Original

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