Estudo de caso – Exercícios físicos e virtuais no envelhecimento

quais os benefícios?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2357-9641.2023.1.44885

Palavras-chave:

Envelhecimento, Realidade virtual, Exercício físico, Psicologia do esporte

Resumo

A realidade virtual já é considerada método inovador no processo de reabilitação e motivação de pessoas idosas na adesão às intervenções convencionais e na prática de exercícios físicos. Vários são os benefícios alcançados nesta população, utilizando realidade virtual e exercício físico, entre os quais destacamos: equilíbrio, força muscular, marcha e função cognitiva.

Objetivo: comparar a evolução dos fatores cognitivo (função executiva), físicos (marcha, equilíbrio e força de membros inferiores) e emocionais (satisfação com a vida e qualidade de vida) em 5 meses de intervenção, relacionando a prática de exercício físico com a realidade virtual.
Métodos: Foram recrutados para este estudo piloto 2 pessoas idosas, 80 e 85 anos (homem e mulher), que realizaram os seguintes procedimentos: software de marcha estacionária virtual eMaps (StreetView) e atividades de alongamento, relaxamento e caminhada. Os instrumentos utilizados nas duas aplicações (momento inicial e pós 5 meses) foram:Questionários para identificação e exclusão de demências (ficha de identificação, Mini Exame do Estado Mental e Escala de Demência, Teste de Desempenho Físico, Stroop Test, Escala de Satisfação com a Vida e Inventário de Atitudes em Relação à Tecnologia.
Resultados: A associação do exercício físico virtual e exercício físico convencional incrementaram a função executiva em 38,5%, a mobilidade, equilíbrio, força de membros inferiores em 20,55%, a satisfação com a vida em 12,5% e a relação com a tecnologia em 13,5%.

Conclusão: Enfatizamos a importância da utilização da realidade virtual associada ao exercício físico convencional na promoção do envelhecimento saudável, potencializando as habilidades físicas e emocionais das pessoas idosas

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thaís Sporkens-Magna, Universidade Estadual de Campinas-Unicamp

Mestre em Gerontologia pela Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil. Doutoranda em Gerontologia pela Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil. Integrante do Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e Neurociências – GEPENFEF-(UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil.

Luiz Rogério Scudeletti, Universidade Estadual de Campinas

Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Brasil. Atualmente é proprietário da ScudX, empresa de consultoria e desenvolvimento de softwares localizada em Bauru, Estado de São Paulo, Brasil.

Luis Guilherme Silva Rodrigues , Universidade Estadual de São Paulo

Mestrando em Ciência da Computação na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Brasil. Ele possui graduação em Sistemas de Informação pela UNESP (2019). Atualmente, está desenvolvendo sua pesquisa de mestrado sobre classificação de movimentos humanos utilizando captura de movimentos para reabilitação motora.

Alexandre Fonseca Brandão , Universidade Estadual de Campinas

Pesquisador do Departamento de Raios Cósmicos e Cronologia, Instituto de Física Gleb Wataghin, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas, SP, Brasil; Pesquisador Associado do Brazilian Institute of Neuroscience and Neurotechnology - BRAINN, Campinas, SP, Brasil.

José Remo Ferreira Brega , Universidade Estadual de São Paulo

Professor titular do Departamento de Computação da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp). É formado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo, com mestrado e doutorado na mesma instituição. Realizou pós-doutorado em Interfaces Avançadas na Unesp, onde obteve o título de livre docente. Atuou como coordenador de sistemas institucionais da Unesp entre 2012 e 2014. Leciona cursos de pós-graduação em Ciência da Computação na Unesp.

Paula Teixeira Fernandes, Universidade Estadual de Campinas

Doutora em Ciências Médicas - Neurociências, pel Faculdade de Ciências Médicas (UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil; mestre em Ciências Médicas - Neurociências, pela Faculdade de Ciências Médicas (UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil; graduada em Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), em Campinas, SP, Brasil; com pós-doutorado em Neurociências pela Faculdade de Ciências Médicas (UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil, em parceria com a University of South Carolina (EUA) na área de neuroimagem e reabilitação; e pós-doutorado na Universidade do Porto, no Porto, Portugal, na área de envelhecimento e Psicologia do Esporte, em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas (UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil. Professora Livre Docente do Departamento de Ciências do Esporte da Faculdade de Educação Física (FEF-UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil. Coordenadora do Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e Neurociências (GEPEN UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil; Professora Livre Docente na Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (FEF-UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil; professora do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, da Faculdade de Ciências Médicas-(UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil.

Referências

Schiavinato AM, Baldan C, Melatto L, Lima LS Influência do Wii Fit no equilíbrio de paciente com disfunção cerebelar: estudo de caso. J Health Sci Inst. 2010;28(1):50-2.

Fleurí AC, de Almeida, AC, Diniz, AJ, de Magalhães, LA, Ferreira, LH, Prata, MT, and others. Atividades lúdicas com idosos institucionalizados. Enfermagem Revista, 2013;16(1):50-7.

Nurkkala V. The next level of exergaming: Integrating virtual travelling, exercising and games. Nordic Digital Bussiness Summit; 2014.

Magna TS, Brandão AF, Fernandes PT. Intervenção por realidade virtual e exercício físico no equilíbrio, mobilidade e cognição em idosos. JHI. 2020;12(3):78-80.

Douris PC, McDonald B, Vespi F, Kelley NC, Herman L. Comparison between Nintendo Wii Fit aerobics and traditional aerobic exercise in sedentary Young adults. J Strength Cond Res. 2012;26(4):1052-7.

Oliveira DV, Oliveira, VB, Caruzo, GA, Ferreira, ÁG, Nascimento, JR, Cunha, PM, and others. O nível de atividade física como um fator interveniente no estado cognitivo de idosos da atenção básica à saúde. CSC.2019;(24):4163-70.

Das Neves Assis SA, Bós ÂJ, Myskiw JD, Pinho MS, Da Silva Filho IG, Schwanke CH, and others. Efeitos do treino com jogos de videogame na cognição de idosos: revisão sistemática. Scientia Medica. 2015;25(3):1-12.

WHO. Body mass index—BMI [Internet]. 2018 [cited 2023 Aug 20]. Available from: https://www.euro.who.int/en/health-topics/disease-prevention/nutrition/a-healthy-lifestyle/body-mass-index-bmi.

Brucki SM, Nitrin R, Caramelli P, Bertolucci PH, Okamoto IH. Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. ANP. 2003;61(3B):777-81.

Morris, CJ. The Clinical Dementia Rating (CDR): Current version and scoring rules. AAN. 1993;(43):2412-14.

Stroop JR. Studies of interference in serial verbal reactions. JEP. 1935;18:643-62.

Guralnik JM, Guralnik JM, Ferrucci L, Pieper CF, Leveille SG, Markides KS, Ostir GV, and others. Lower extremity function and subsequent disability: consistency across studies, predictive models, and value of gait speed alone compared with the short physical performance battery. JG Series A: BSMS. 2000;55(4): M221-M231.

Nakano MM. Versão brasileira da Short Physical Performance Battery SPPB: adaptação cultural e estudo da confiabilidade [master´s thesis]. [Campinas]: Universidade Estadual de Campinas; 2007.

Bronfenbrenner U. Bioecologia do desenvolvimento humano: tornando os seres humanos mais humanos. Porto Alegre: Artmed Editora; 2012.

Hutz CS, Zanon C, Bardagi MP. Satisfação de vida. Avaliação em psicologia positiva. Porto Alegre: Artmed; 2014. p. 43-48.

Borg G. Escalas de Borg para a dor e o esforço: percebido. Manole: São Paulo; 2000.

Brandão AF, Dias DR, Guimarães MP, Trevelin LC, Parizotto NA, Castellano G. Gesturecollection for motor and cognitive stimuli: virtual reality and e-health prospects. JHI. 2018;10(1).

Panassol FP, Oltramari G; Schuster RC. Efeitos da realidade virtual no equilíbrio de idosos saudáveis. RICM. 2017;1(1):79-95.

Oliveira CF, Ferraz DD; Trippo, KV. A avaliação da função executiva em idosos com doença de Parkinson tratados com exergame: uma série de casos. avaliação da função executiva em idosos com doença de parkinson tratados com exergame: uma série de casos [thesis]. [Salvador]: Universidade Estadual da Bahia; 2019; Chapter 1; p. 388-416.

Nonino F, Branco BH, Bortolozzi F. The effectiveness of a home exercise program for sedentary elderly with nintendo Wii®. JPE 2018;(29):2971.

Farias JS, Vitor TL, Filho PV, Azevedo LE. Inclusão digital na terceira idade: um estudo sobre a propensão de idosos à adoção de tecnologias da informação e comunicação (TICs). Revista Gestão & Tecnologia. 2015;15(3):164-88.

Downloads

Publicado

2023-11-16

Como Citar

Sporkens-Magna, T., Scudeletti, L. R., Silva Rodrigues , L. G., Fonseca Brandão , A., Remo Ferreira Brega , J., & Teixeira Fernandes, P. (2023). Estudo de caso – Exercícios físicos e virtuais no envelhecimento: quais os benefícios?. PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research, 11(1), e44885. https://doi.org/10.15448/2357-9641.2023.1.44885

Edição

v. 11 n. 1 (2023): Volume Único

Seção

Artigo Original

Licença

Copyright (c) 2023 PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Direitos Autorais

A submissão de originais para a PAJAR implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a PAJAR como o meio da publicação original.

Licença Creative Commons

Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.