A emergência da política mundial de drogas: o Brasil e as primeiras Conferências Internacionais do Ópio.

Autores

  • Jonatas Carlos de Carvalho UERJ

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-3748.2014.1.15927

Palavras-chave:

Conferências do ópio, Proibicionismo, Política de Drogas.

Resumo

Este artigo procura discutir a emergência da institucionalização do proibicionismo no Brasil no âmbito dos debates das relações internacionais e seus efeitos na política externa brasileira. Neste sentido, é de suma importância fazer uma pequena análise do que representou as chamadas Conferências Internacionais do Ópio e a criação do Comitê do Ópio, ou como veio se chamar oficialmente após 1924: Conselho Central Permanente do Ópio vinculado diretamente à Liga das Nações. Em seguida, será analisada a participação do Brasil junto a este organismo e a construção de um projeto visando à regulamentação e criminalização de psicoativos em todo território brasileiro com a criação da primeira comissão de caráter nacional com este fim: Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jonatas Carlos de Carvalho, UERJ

Jonatas Carlos de Carvalho é graduado em História pela Universidade Veiga de Almeida e Mestre em História pelo PPGH da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) na linha de pesquisa Política e Sociedade. É Pesquisador associado ao Laboratório de Estudos das Diferenças e Desigualdades Sociais (LEDDES-UERJ) e ao Núcleo de Estudos Interdisciplinares Sobre Psicoativos (NEIP-USP). Realiza pesquisas sobre o proibicionismo e seus efeitos, nos dois últimos anos vem realizando estudos sobre a regulamentação e criminalização de substâncias psicoativas na primeira metade do século XX no Brasil. Também se interessa por história e teoria e pelos estudos desenvolvidos por Michel Foucault. Trabalha como professor no Centro de Ensino Dinâmico em Itaipava e como pesquisador na Fazenda Campos Novos no município de Cabo Frio.

Referências

Arquivo Histórico do Itamaraty. Ofício enviado ao Presidente da República em 1936. Lata 1892/Maço: 36266-36268.

Arquivo Histórico do Ministério das Relações Exteriores, LA/40/612.4 (04).

BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. Presença dos Estados Unidos no Brasil. Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 2007.

BLANCHARD, Sean &ATHA, J. Matthew. Indian hemp and the dope fiend of old England: a sociopolitical history of cannabis and the British Empire - 1840-1928. In. www.druglibrary.orghttp://www.druglibrary.org/schaffer/Library/studies/inhemp/dopefien.htm>acesso em: 13/11/2012.

BLANRUE, Paul-Eric. As muitas vidas da Ku Klux Klan. Revista História Viva, edição 21 - Julho 2005.

BRASIL, Ministério das Relações Exteriores, relatórios ministeriais, 1916, p.103.

BRASIL, Ministério das Relações Exteriores, Relatórios Ministeriais ano de 1926, p.64

BRASIL, Ministério das Relações Exteriores. Relatórios Ministeriais, 1914-1915, p.345.

BRASIL, Ministério das Relações Exteriores. Relatórios Ministeriais, 1934, p.20

BRASIL, Ministério das Relações Exteriores. Relatórios Ministeriais, 1935. p.16

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores, Relatórios Ministeriais, 1916, p.104.

Diário Oficial da União - Seção 1 - 07/04/1915, Página 3597.

Diário Oficial da União - Seção 1 - 12/07/1921, Página 13407 (Publicação), in, http://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1920-1929/decreto-4294-6-julho-1921-569300-publicacao-92525-pl.html (acesso em 05/07/2011).

ESCOHOTADO, Antonio. História general de las drogas. Madri: Alianza Editorial, 1992.

FOUCAULT, M. Segurança, território, população. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

LIMA Rita de Cássia Cavalcante. Uma história das drogas e do seu proibicionismo transnacional: relações Brasil-Estados Unidos e os organismos internacionais. 2009.

McALLISTER, William. Drug diplomacy in the twentieth century. Nova York, Routledge, 2000.

Ministério das Relações Exteriores, Arquivo Histórico do Itamaraty em Brasília. Memorando nº 378, 9 de outubro de 1928.

Ministério das Relações Exteriores, Arquivo Histórico do Itamaraty em Brasília. Memorando nº 378, 9 de outubro de 1928. Anexo. The Washington Post: Fryday, october, 5, 1928.

RODRIGUES, Thiago, Política e drogas nas Américas. São Paulo: EDUC/FAPESP, 2004.

SHEERER, Sebastian. 1993. “Estabelecendo o controle sobre a cocaína (1910-1920)”. In: BASTOS, Francisco I., Gonçalves, Odair D. (eds.). Drogas é legal? Rio de Janeiro: Imago.

VARGAS, Eduardo Viana. Entre a extensão e a intensidade: corporalidade, subjetivação e uso de “drogas”. 2001. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Doutorado em Ciências Humanas: Sociologia e Política.

VIEIRA, Ana Lúcia. “A colaboração lhe bate à porta...”: Visitadoras sociais e a política de normalização de corpos e mentes de operários e operárias de uma indústria têxtil no Rio de Janeiro (1944-1953). Tese de Doutorado. Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2012.

WILLOUGHBY, W. W. Opium as an international problem: the Geneva Conferences. Baltimore, The Johns Hopkins Press, 1925.

Downloads

Publicado

2014-07-09

Como Citar

Carvalho, J. C. de. (2014). A emergência da política mundial de drogas: o Brasil e as primeiras Conferências Internacionais do Ópio. Oficina Do Historiador, 7(1), 153–176. https://doi.org/10.15448/2178-3748.2014.1.15927

Edição

Seção

Artigos