Quem faz Arqueologia abre uma janela
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2020.1.36634Palabras clave:
Arqueologia. Arte. Epistemologia.Resumen
O pensamento arqueológico tem passado por efervescente criticismo nas últimas décadas em decorrência de ideias que contestam a hegemonia de categorias modernas. A dualidade humanista, a preponderância da discursividade, além da noção de tempo linear são alguns exemplos de categorias que estão em xeque desde o final do século passado. Esse cenário acabou propiciando uma aproximação mais pertinente entre a Arqueologia e outras áreas, como é o caso da Arte. Neste artigo, então, faço uma análise dessa interação, destacando algumas ressalvas que devemos tomar diante desse diálogo. Ainda, defendo que a Arqueologia deva, sim, utilizar-se da Arte, mas não como mera inspiração, tal qual uma nova espécie de Arqueologia promovedora de analogias, mas como um instrumental capaz de nos municiar de uma epistemologia mais combativa, mais condizente com as características próprias do fazer arqueológico. Por fim, trago aqui exemplos de três trabalhos desenvolvidos nos últimos anos e que julgo ilustrarem tal potencialidade.
Descargas
Citas
BAILEY, D. Art//Archaeology//Art: Letting-Go Beyond. In: RUSSEL, I. A.; COCHRANE, A. (ed.). Art and Archaeology: collaborations, conversations, criticisms. New York: Springer, 2014. p. 231-250. https://doi.org/10.1007/978-1-4614-8990-0_15
BHASKAR, R. The Blackwell Dictionary of Modern Social Thought. In: OUTHWAITE, W. (ed.). Ontology. 2. ed. Malden, Oxford, Victoria: Black Publishing, 2006. p. 442-443.
COLLINGWOOD, R. G. A arte autêntica como expressão. In: MOURA, V. (ed.). Arte em teoria: uma antologia de estética. Braga: Universidade do Minho. Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM), 2009. p. 39-58.
COSTA, V. A. Arqueologia das Margens: pensando paisagens e fronteiras. Tessituras, Pelotas, v. 6, n. 1, p. 21-28, 2018.
COSTA, V. A. Evocando Paisagens: uma cartografia de memórias da Griô. 2019. 1 vídeo (10min40s). Disponível em: https://youtu.be/6957MblpV0M. Acesso em: 22 nov. de 2019.
CRIOLO. Esquiva da Esgrima. São Paulo: OLOKO RECORDS, 2014. Disponível em https://open.spotify.com/track/2IWhImeG9aRRupVnEJsQgZ?si. Acesso em: 22 nov. d 2019.
DEWEY, J. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
GONZÁLEZ-RUIBAL, A. Time to destroy. An archaeology of supermodernity. Current Anthropology, [S. l.], v. 49, n. 2, p. 247-279, 2008. https://doi.org/10.1086/526099
GONZÁLEZ-RUIBAL, A. Reclaiming Archaeology. In: GONZÁLEZ-RUIBAL, A. (ed.). Reclaiming archaeology. Beyond the tropes of modernity. New York: Routledge, 2016. p. 1-29. https://doi.org/10.4324/9780203068632.ch1
HARDING, S. A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 7-31, 1993.
HUTCHINGS, R.; LA SALLE, M. Why Archaeologists Misrepresent Their Practice - A North American Perspective. Journal of Contemporary Archaeology, [S. l.], v. 2, n. 2, p. S11-S17, 2015. https://doi.org/10.1558/jca.v2i2.28206
ISAACSON, W. Einstein: sua vida, seu universo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
LANGER, S. K. The Cultural Importance of the Arts. The Journal of Aesthetic Education, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 5-12, 1966.
MESKELL, L. Object Worlds in Ancient Egypt: material brographies past and present. Oxford, New York: Berg, 2004.
OLSEN, B. The return of what?. In: GONZÁLEZ-RUIBAL, A. (ed.). Reclaiming archaeology: beyond the tropes of modernity. New York: Routledge, 2016. p. 289-297. https://doi.org/10.4324/9780203068632.ch1
SILVA, Y. A. d. Arqueologia da Geribanda: (re)existências no passado-presente. Monografia de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arqueologia) -- Rio Grande, Instituto de Ciências Humanas e da Informação, Universidade Federal do Rio Grande, 2018. https://doi.org/10.5327/z2176-947820152614
THIESEN, B. et al. Vestígios de uma ausência: uma arqueologia da repressão. Revista de Arqueologia Pública, Campinas, v. 8, n. 10, p. 232-250, 2014. https://doi.org/10.20396/rap.v8i2.8635659
THOMAS, A. et al. Beyond Art/Archaeology: research and practice after the “creative turn”. Journal of Contemporary Archaeology, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 121-129, 2017.
THOMAS, J. Archaeology and modernity. London: Routledge, 2004.
WEITZ, M. The Role of Theory in Aesthetics. The Journal of Aesthetics and Art Criticism, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 22-35, 1956.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Oficina do Historiador
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La presentación original de esta revista implica la transferencia, por los autores, los derechos de publicación impresa y digital. Los derechos de autor de los artículos publicados son derechos de autor del boletín de la primera publicación. Autores sólo podrán utilizar los resultados en otras publicaciones, indicando claramente esta revista como medio de publicación original. Porque somos una revista de acceso abierto, permite el libre uso de los artículos en las aplicaciones educativas, científicas y no comerciales, siempre que la fuente sea reconocida (por favor vea la Licencia Creative Commons en el pie esta página).