O OFÍCIO DE VENDER O QUE SE AMA? AS NARRATIVAS DE DONOS DE SEBOS EM PELOTAS

Autores

  • Mario Marcello Neto Universidade Federal de Pelotas
  • Paulo Renato Souza Ienczak

Palavras-chave:

Trabalho. Memória. História Oral. Sebo. Identidade.

Resumo

Este trabalho pretende problematizar a memória construída pelos donos de sebos na cidade de Pelotas. Sebo é o nome atribuído as lojas de vendas de livros, discos (LP’s) e quadrinhos usados, porém a origem do termo é de difícil definição (BRITO, 1991). Utilizando a metodologia da História Oral Temática (PORTELLI, 1997) realizamos entrevistas nas quais os narradores compartilharam a sua memória sobre o seu ofício, sua origem e sua importância social para a cidade. Ao total foram 4 narradores, donos e fundadores dos maiores sebos da cidade de Pelotas. Pretendemos problematizar a experiência (THOMPSON, 1991) diferenciada que cada narrador possui sobre o seu ofício. Muitos se consideram bibliófilos (colecionadores de obras raras e valiosas) e para isso recorrem à venda de obras “menores” para que possam adquiri-las; outros apenas tratam seu trabalho como um negócio; e ainda há quem classifique o seu trabalho como essencial para a disseminação da leitura na cidade. Nosso objetivo neste trabalhão é compreender a construção dessa memória e a formação de identidade em relação a esse ofício (CANDAU, 2011), bem como a representação (CHARTIER, 1991) que estes narradores fazem de sua inserção na sociedade, o seu papel social. Para muito desses narradores, a metade final do século XX foi definidora para que hoje a demanda por sebos na cidade seja cada vez maior. Porém, nosso objetivo é compreender as narrativas sobre a origem desse ofício, bem como compreender a sua relação para com os objetos vendidos, se há ou não uma relação comercial e/ou afetiva para com os livros e quadrinhos, bem como problematizar a sua memória sobre o seu papel social na disseminação da leitura em Pelotas.

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Publicado

2014-10-19

Como Citar

Neto, M. M., & Ienczak, P. R. S. (2014). O OFÍCIO DE VENDER O QUE SE AMA? AS NARRATIVAS DE DONOS DE SEBOS EM PELOTAS. Oficina Do Historiador, 826–841. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/19073