“Questão Coimbrã”: a problematização sobre Portugal através de uma polêmica literária pela Geração de 70 (1865-1866)
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2015.2.20124Palavras-chave:
Geração de 70, Polêmica Literária, História de Portugal.Resumo
Neste trabalho, traça-se uma análise de alguns textos envolvidos na polêmica literária conhecida como “Questão Coimbrã”, a fim de identificar as argumentações que embasavam a concepção de intelectuais ligados à chamada “Geração de 70” sobre a sociedade portuguesa oitocentista. Ocorrida entre os anos de 1865 e 1866 em Portugal, a querela opôs distintos posicionamentos sobre a literatura portuguesa e, de forma mais ampla, sobre vários pontos nevrálgicos sobre a situação de Portugal ao final do século XIX. Dentre os envolvidos, encontravam-se Antero de Quental, Teófilo Braga e mesmo Ramalho Ortigão, escritores que defendiam posições como a relação da literatura com as aspirações sociais do período e o respeito à liberdade e individualidade da produção intelectual. Notadamente, estes autores integravam um grupo de intelectuais conhecido como “geração de 70” ou “geração nova”, que iniciou sua atuação política e literária na transição das décadas de 1860 e 1870 visando uma mudança na forma de se conceber a sociedade portuguesa e a superação de uma decadência que teria se instaurado no país. Dessa forma, pretende-se compreender quais os parâmetros e modelos empregados por estes intelectuais durante a “Questão Coimbrã” na interpretação e no projeto de transformação sociocultural em Portugal. Para tanto, serão analisados os principais textos produzidos na polêmica literária, com ênfase nos escritos elaborados pelos intelectuais citados.
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