Formas morfológicas variantes na aquisição da morfologia: evidências da sensibilidade da criança à gramática da língua
Palavras-chave:
Aquisição da Linguagem, Aquisição da Morfologia, Formas Morfológicas Variantes.Resumo
O estudo da aquisição da linguagem implica uma investigação que se apóie em interfaces. A interface entre Aquisição da Linguagem e Morfologia nos oferece subsídios para a investigação dos conhecimentos gramaticais que a criança, desde cedo, adquire. O processo de regularização morfológica, verificado em formas verbais como “fazi”, “trazo”, “sabo” ou “ponhei”, bem como a troca de sufixos flexionais em produções como “mexei”, “suji” ou “usia” nos permite refletir sobre a capacidade de reconhecimento dos recursos morfológicos da língua e sobre a emergência desse conhecimento gramatical. Além disso, possibilita que pensemos na capacidade da criança de, a partir de tais recursos e do conhecimento que desenvolve, lidar com a produtividade de novas formas na língua. Dessa forma, consideramos que pensar nesse tipo de produção da fala infantil como ‘erros’ não seja adequado. O estudo intitulado “Formas Morfológicas Variantes na gramática infantil: um estudo à luz da Teoria da Otimidade” (Lorandi, 2007) debruçou-se sobre a regularização morfológica e procurou, a partir da análise morfológica dos dados produzidos pelas crianças, evidências lingüísticas da sensibilidade da criança aos recursos morfológicos da língua e, na Teoria da Otimidade, explicações sobre por que esse fenômeno ocorre na fala infantil. O presente trabalho apresenta os resultados dessa investigação, justificando a terminologia ‘formas morfológicas variantes’ para tais produções. Também estende a reflexão para a utilidade dessas informações no entendimento da capacidade do ser humano para lidar com os expedientes de que a sua língua dispõe e que estão à sua disposição.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Letrônica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Letrônica como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.