Identidades e fragmentação: estórias de uma história n’Apocalipse dos predadores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984.4301.2018.3.32333

Palavras-chave:

Romance histórico, História, Estória, Identidade.

Resumo

Este ensaio analisa a obra literária Apocalipse dos Predadores (AP), do escritor moçambicano Adelino Timóteo, numa perspectiva que cruza a literatura e outros saberes, a partir de uma abordagem desconstrucionista1. Para melhor se compreender o contributo que pode ser trazido por essas áreas diferentes da literatura, apresentam-se alguns elementos da História e da Antropologia de Moçambique, que permitem a apreensão de representações sócio-políticas e antropológicas nas estórias em AP. Compõem este texto as seguintes secções: uma breve introdução, a biografia do autor da obra em análise e uma revisão da literatura sobre o género literário de AP; uma caracterização Histórico-cultural de Moçambique, antes e depois da independência e a interpretação da obra à luz de elementos exteriores à literatura. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sara Jona Laisse, Universidade Politécnica de Moçambique

Doutorada em Literaturas e Culturas em Língua Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa. Docente de Cultura Moçambicana e Metodologia de Pesquisa na Universidade Politécnica. Consultora em avaliação de qualidade de ensino. Autora de uma obra de Ensaios sobre Literatura, de artigos publicados em jornais e revistas nacionais e estrangeiras e de manuais de ensino. Co-autora de um livro sobre Cultura e Identidade Organizacional e de um Dicionário Português-Bitonga-Português. Dinamiza, há três anos, as “Tertúlias Itinerantes”, um evento científico que discute a interculturalidade e há 18 anos, mantém um programa de incentivo ao gosto pela literatura, designado “Tertúlias de Sábado”. Foi editora de programas sobre Literatura na Rádio e na Televisão, em Moçambique.

Referências

CABAÇO, José. Moçambique: identidades, colonialismo e libertação. Maputo: Marimbique. 2010.

CEIA, Carlos. S. V. Deconstrução. In: CEIA, Carlos (Coord.). E-Dicionário de Termos Literários.

Disponível em: <http://www.edtl.com.pt>. Acesso em: maio 2011.

FIRMINO, Gregório. Nomes dos Vatonga de Inhambane: entre a “tradição” e a “modernidade”. Etnográfica [Online], v. 12, n. 1, 2008. Online desde 20 jun. 2012.

Disponível em: <http://etnografica.revues.org/1630>. Acesso em: 28 jan. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.4000/etnografica.1630.

LAISSE, Sara. Moçambique, Surge et Ambula: a interculturalidade no corpus literário obrigatório no Ensino Secundário Geral entre 2004 e 2011. Tese (Doutorado em Estudos Portugueses, Especialidade em Literaturas e Culturas de Língua Portuguesa) – Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2015. [Não publicada].

LAISSE, Sara. Poderá a lusofonia constituir um espaço de compreensão entre povos? kutxula vitu, kutsivela, kuyandla, kubieketa e baptismo católico como rituais para diálogo. In: 17º Congresso Brasileiro de Língua Portuguesa /8º Congresso Internacional de Lusofonia , IP-PUC, São Paulo, 2018. [Não publicado].

LUCACS, Gyorgy. Romance histórico. São Paulo: Biotempo. 2011.

MACHAVA, Benedito. Galo amanheceu em Lourenço Marques: o 7 de Setembro e o verso da descolonização de Moçambique. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 106, p. 53-84, 2015.

DOI: http://dx.doi.org/10.4000/rccs.5876

MARTINHO, Mª de Fátima. O Romance histórico de Alexandre Herculano. Revista da Faculdade de Letras: Línguas e Literaturas, n. 09, p. 97-118, 1992.

PAZ, Olegário; Moniz, António. Dicionário breve de termos literários. Lisboa: Editorial Presença, 1997.

PUGA, Rogério. O essencial sobre o Romance histórico. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda. 2006.

SANTOS, Boaventura. Modernidade, identidade e a cultura de fronteira. Tempo Social, Rev. Sociol., USP, São Paulo, v. 5, n. 1-2, p. 31-52, 1994.

TIMÓTEO, Adelino. Apocalipse dos predadores. Lisboa: Chiado Editora, 2015.

Downloads

Publicado

2018-12-19

Como Citar

Laisse, S. J. (2018). Identidades e fragmentação: estórias de uma história n’Apocalipse dos predadores. Letrônica, 11(3), 264–271. https://doi.org/10.15448/1984.4301.2018.3.32333