O lugar de objeto e a materialização linguística dos sentidos em fuga
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2019.2.32210Palavras-chave:
Semântica da enunciação. Sentidos em fuga. Objeto verbal.Resumo
Discutimos neste texto a produtividade do objeto verbal sob a ótica da relação entre as configurações orgânicas da língua e suas projeções de acionamento enunciativo. Defendemos que esse lugar sintático é constituído não apenas por um espaço na arquitetura da sentença, mas também por aspectos enunciativos que se mobilizam para configurá-lo como um lugar capaz de oferecer progressão referencial ao acontecimento posto em cena pelo dizer. De maneira específica, a análise da projeção do lugar de objeto realizada pelo verbo, não obrigatoriamente explícito, demonstra que esse lugar é profícuo para aquilo que Orlandi (2012) nomeia de fuga dos sentidos. Verificamos que a ausência de um objeto explícito não prescinde de uma ocupação virtual por formações nominais que materializem regularidades historicamente delineadas e propomos o conceito de “intercâmbio entre formações nominais”, assumindo
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