A casa do sol e o imaginário do tempo: ocupação criativa do legado de Hilda Hilst

Autores

  • Alessandra Paula Rech Universidade de Caxias do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.2.26435

Palavras-chave:

Hilda Hilst, Patrimônio imaterial, Economia criativa, Ocupação, Pós-modernidade.

Resumo

O presente artigo resulta de pesquisa em andamento sobre o programa Residência Criativa, desenvolvido na Casa do Sol, onde viveu a escritora Hilda Hilst (1930-2004). O programa gera recursos para a manutenção do espaço, e possibilita a interação com o acervo, o compartilhamento de ideias e a continuidade da criação, em diálogo com sua memória. A abordagem toma como ponto de partida entrevistas com criadores e residentes, a fim de demonstrar a dimensão cultural da iniciativa, sua relevância e originalidade. Inclui, ainda, reflexões sobre a simbologia da casa, na linha de Bachelard. Partindo do pressuposto que essa forma de ocupação do patrimônio imaterial se insere num imaginário característico da
pós-modernidade, o referencial teórico abarca Maffesoli e Bourriaud, a fim de refletir sobre as novas formas de relação no âmbito da cultura.

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Biografia do Autor

Alessandra Paula Rech, Universidade de Caxias do Sul

Doutora em Letras - Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com tese sobre a obra de Hilda Hilst (Agudíssimas Horas - Imagens do Tempo na Poesia de Hilda Hilst). Professora dos cursos de Comunicação Social (CCSO) e Pós-Graduação em Letras, Cultura e Regionalidade da Universidade de Caxias do Sul (UCS-Uniritter)


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Publicado

2018-03-23

Como Citar

Rech, A. P. (2018). A casa do sol e o imaginário do tempo: ocupação criativa do legado de Hilda Hilst. Letrônica, 10(2), 891–902. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.2.26435