O ditongo decrescente <EI> no português falado pela comunidade quilombola de Alto Alegre
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.1.25073Palavras-chave:
Ditongo decrescente<EI>, Análise Sociolinguística, Português Afro-BrasileiroResumo
Trata-se de estudo de cunho Sociolinguístico (LABOV, 2008 [1972]), que investigou a realização variável do ditongo decrescente <EI>, no português falado pela comunidade quilombola de Alto Alegre, pertencente ao município de Presidente Tancredo Neves (a 263 km de Salvador). O ditongo decrescente <EI>, variável em estudo, pode ser realizado na sua forma padrão ou apresentar a forma reduzida com apagamento do glide. O corpus para estudo foi constituído de 12 entrevistas sociolinguísticas, realizadas com falantes naturais da comunidade, com duração de, aproximadamente, 60 minutos cada, feitas com 6 homens e 6 mulheres, distribuídos em três faixas etárias (I: 20 a 40 anos; II: 41 a 60 anos; III: acima de 60 anos). Foram estudadas as 50 primeiras ocorrências do ditongo <EI>, totalizando amostra de 600 dados. Os dados foram submetidos à análise estatística computacional pelo Programa GOLDVARB X, seguindo princípios postos em Guy e Zilles (2007). As variáveis independentes consideradas como importantes pelo Programa tanto para a realização padrão do ditongo quanto para a monotongação foram: posição em que se encontra a variante, tonicidade da sílaba, extensão do vocábulo, característica da consoante subsequente, sonoridade da consoante seguinte, a classe morfológica e faixa etária do informante.
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