De Outro Modo Que Ser: algumas observações quanto à tradução portuguesa de Autrement qu'être ou au-delà de l'essence
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-4012.2018.1.25585Palavras-chave:
Levinas, tradução, ética, Dizer.Resumo
O presente artigo apresenta o cotejo realizado entre a obra original do filósofo lituano-francês Emmanuel Levinas, Autrement qu’être ou au-delà de l’essence, e sua versão em língua portuguesa, De outro modo que ser ou para lá da essência, primeira versão da obra no idioma de Camões. Esse texto apresenta as limitações da presente tradução, seja por trechos não traduzidos como de escolhas de tradução equivocadas. O texto original é sem dúvida deveras hermético, Levinas escreveu sua obra procurando uma linguagem própria, com uma linguagem que, na medida do possível, não estivesse contaminada pelo ser, pela ontologia. Para isso expressou-se do modo mais concreto possível sem que com isso sua expressão perde-se em rigor filosófico. A tradução, sem justificativa, desfez esse trabalho empreendido pelo autor que de modo algum é mero estilo literário, mas que constitui também o próprio conteúdo da obra.
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