Fenomenologia e Psicologia da Criança: Merleau-Ponty e Winnicott

Autores

  • Litiara Kohl Dors Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE.

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4012.2016.1.22579

Palavras-chave:

Merleau-Ponty, Fenomenologia, Winnicott, Psicanálise, Criança

Resumo

O artigo visa explorar alguns pontos de convergência entre as posições do fenomenólogo francês Maurice Merleau-Ponty e o pediatra e psicanalista inglês Donald Winnicott em relação ao tema da intersubjetividade e da criança. Ao propor as bases para uma ontologia da “carne”, Merleau-Ponty procura mostrar que não há limites definidos entre interior ou exterior. Há um campo perceptivo de intersecção, isto é, uma zona de reversibilidade e permeabilidade. A Carne exprime, portanto, o meio formador do sujeito e do objeto. Ora, esse nível de experiência da Carne como um Ser indivisível parece bem ser o pano de fundo pelo qual Winnicott aborda o espaço transicional como uma zona intercambiável, sem fronteiras rígidas entre o eu e o não-eu. Nessa perspectiva winnicottiana, o início da vida deixa de ser uma relação dual entre mãe e bebê. Ambos interagem num só “espaço”, num só meio recíproco de relações carnais, desconstruindo, portanto, qualquer posição solipsista.

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Biografia do Autor

Litiara Kohl Dors, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE.

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Paranaense - UNIPAR, Pós-Graduada em Administração em Recursos Humanos pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR). Mestre em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Atuou como docente do Curso de Administração e Ciências Contábeis no Centro de Ensino Superior de Realeza - CESREAL entre 2008 e 2012 e no curso de Psicologia da PUC-PR - Campus Toledo entre os anos de 2012 e 2014. Possui experiência em Psicologia com ênfase em Psicologia Clínica e Psicologia Social.

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Publicado

2016-08-30

Como Citar

Dors, L. K. (2016). Fenomenologia e Psicologia da Criança: Merleau-Ponty e Winnicott. Intuitio, 9(1), 82–97. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2016.1.22579

Edição

Seção

Artigos