Liberdade e justiça em Marx: uma argumentação ética contra o individualismo possessivo
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-4012.2014.1.17294Palavras-chave:
Marxismo, Teoria Crítica, JustiçaResumo
Em contraste com acusações liberais e interpretações ortodoxas do marxismo, este trabalho pretende refutar a ideia de que a relação entre Marx e a Justiça resume-se à tese de que os princípios normativos expressam apenas interesses de classe (Callinicos, 2003). Pretendemos sugerir que tanto a crítica à exploração capitalista quanto o desenho de um novo modelo de organização social expostos por Marx estão baseados em princípios de justiça (Roemer, 2008; Geras, 1984; Elster, 1994). Assim, levando em conta, entre outros aspectos, o perceptível declínio da política de classes (Fraser, 2002), rejeitamos a inevitabilidade histórica do socialismo e passamos a situar o marxismo no centro de um debate sobre diferentes orientações normativas (Cohen, 2008; 2001). Por fim, trabalhamos o conceito de emancipação humana do jovem Marx (1986; 2010), buscando debater a autonomia não como uma compreensão individualista, mas como condição para o livre desenvolvimento coletivo, a partir do múltiplo desenvolvimento das possibilidades humanas (Bottomore, 1983; Marx, 2010).
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