O escopo do τῷ ταῦτα εἶναι na silogística aristotélica

Autores

  • Felipe Weinmann (UNICAMP) Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4012.2014.1.14069

Palavras-chave:

Organon. Primeiros Analíticos. Tópicos. Silogística. Definição de silogismo.

Resumo

A definição do silogismo, tal como é apresentada nos Primeiros Analíticos, costuma ser dividida em duas etapas: uma definição de argumento válido e uma descrição adicional conhecida como tōi tauta einai. Em virtude de não ser clara, esta cláusula final tem sido interpretada de modo díspar, representando, para alguns, uma afirmação da validade lógica do silogismo, nada agregando à definição, entretanto, para outros, agregando a exigência pela relevância das premissas. Embora a segunda vertente interpretativa seja mais interessante no contexto da obra, ela enfrenta algumas dificuldades quanto a delimitar precisamente o escopo da cláusula. Parte dessa dificuldade se apresenta, também, devido à possibilidade de certos critérios pela relevância das premissas já estar contida na primeira parte da definição. Pretendo mostrar neste texto que há uma função precisa para o tōi tauta einai , a qual se diferencia dos critérios estabelecidos na primeira parte da definição. De acordo com esta interpretação, cumprirá à cláusula definir o conjunto máximo de premissas relevantes. Isso terá consequência tanto na exegese do texto como no estabelecimento de uma interpretação lógica da silogística, uma vez que, com isso, se estará negando uma regra estrutural da lógica clássica.

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Publicado

2014-06-13

Como Citar

Weinmann (UNICAMP), F. (2014). O escopo do τῷ ταῦτα εἶναι na silogística aristotélica. Intuitio, 7(1), 43–66. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2014.1.14069

Edição

Seção

Artigos