El largo siglo XX, la Nueva República y los viejos problemas. La Carta Constitucional de 1988 y la recurrencia del trabajo esclavo contemporáneo en Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2018.2-31671Palabras clave:
Brasil, Esclavitud, Trabajo, Derechos Humanos.Resumen
Brasil fue un Estado esclavista por más de 350 años. Esta práctica fue legalmente extinguida en 1888, pero dejó su legado. Pasado todo el siglo XX y dos graves dictaduras, vivimos la esperanza de mejores momentos con la apertura política iniciada en los años 1980, la promulgación de una Constitución en 1988 y con ella, el fortalecimiento de los derechos civiles, individuales, inaugurando una nueva etapa en la lucha por los derechos humanos. En cuanto a los avances presentes en esa carta en cuanto a los derechos laborales, derechos sociales, libertades individuales, Brasil todavía vivía a las vueltas con denuncias de trabajo esclavo y tales casos no retrataban una supervivencia del pasado, pero eran y continuaron siendo durante ese inicio el siglo XXI, expresión de esa sociedad moderna, alcanzando áreas aparentemente insospechadas como la agroindustria e incluso en las regiones metropolitanas del Sudeste brasileño. El trazo de permanencia posible de ser observado entre el pasado y el presente no está en el intento de confrontación, o de comparación entre el modelo de explotación de mano de obra legal extinto en el siglo XIX y la práctica criminal y moralmente condenable verificada hoy; sino en la perpetuación de una brutal distancia social entre ricos y pobres que hace del país, en las palabras de Hobsbawm, un monumento a la desigualdad social.
Descargas
Citas
ALEIXO, Lúcia Helena Gaeta. Vozes no silêncio. Cuiabá: EdUFMT, 1995.
ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e oposição no Brasil. 1964- 1984. Bauru: EDUSC, 2005.
ARAÚJO, João Vieira de. O Codigo Penal interpretado segundo as fontes, a doutrina e a jurisprudencia e com referencias aos projectos de sua revisão. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1901.
BRITO FILHO, José C. Monteiro de. Trabalho com redução do homem à condição análoga à de escravo e dignidade da pessoa humana. Disponível em: <http://pgt.mpt.gov.br/publicacoes/escravo/dignidade-trabalhoescravo.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2017.
BRASIL. Lei de 7 de novembro de 1831. Declara livres todos os escravos vindos de fôra do Imperio, e impõe penas aos importadores dos mesmos escravos. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/lei-37659-7-novembro-1831-564776-publicacaooriginal-88704-pl.html>. Acesso em: 13 jul. 2017.
BRASIL. Lei nº 3.353, de 13 de Maio de 1888. Declara extinta a escravidão no Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/lim3353.htm>. Acesso em: 10 jul. 2017.
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal (Publicação Original). Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-2848-7-dezembro-1940-412868-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 07 jul. 2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 05 jul. 2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao67.htm>. Acesso em: 05 jul. 2017.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 1, DE 17 de outubro de 1969. Edita o novo texto da Constituição Federal de 24 de janeiro de 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc_anterior1988/emc01-69.htm>. Acesso em: 05 jul. 2017.
BRASIL. Lei No 10.803, de 11 de dezembro de 2003. Altera o art. 149 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para estabelecer penas ao crime nele tipificado e indicar as hipóteses em que se configura condição análoga à de escravo. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.803.htm>. Acesso em: 07 jul. 2017.
BRASIL. Portaria MTB Nº 1.129 de 13/10/2017. Dispõe sobre os conceitos de trabalho forçado, jornada exaustiva e condições análogas à de escravo para fins de concessão de seguro-desemprego ao trabalhador que vier a ser resgatado em fiscalização do Ministério do Trabalho. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=351466>. Acesso em: 13 jul. 2017.
BUTLER, Judith. A quién le pertenece Kafka? Y otros ensayos. Santiago de Chile: Palinodia, 2014.
BUTLER, Judith. Vida precaria. El poder del duelo y la violencia. Buenos Aires: Paidós, 2009.
CARDOSO, Ciro Flamarion S. O trabalho na colônia. In: LINHARES, M. Yedda (Org.). História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1990.
CASALDÁLIGA, Pedro. Uma Igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social. São Félix, 10 out. 1971.
CIMI. Amazônia e a investida do capital. América Latina 500 anos de conquista. São Paulo: Ícone, 1988. v. 2.
CÓDIGO CRIMINAL DO IMPÉRIO. Recife: Typographia Universal, 1858.
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Conflitos no campo no Brasil. Goiânia: CPT, 1989.
CUNHA, Euclides da. À margem da História. São Paulo: Martim Claret, 2006.
D’ARAUJO, Maria Celina. Estado, classe trabalhadora e políticas sociais. In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida Neves (Org.). O Brasil Republicano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. v. 2.
ESTERCI, Neide. A ilusão do trabalho livre. In: ESTERCI, N.; FRY, P.; GOLDENBERG, M. (Orgs.). Fazendo antropologia no Brasil. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
FERNANDES, Florestan. O problema da descolonização. In: GALEANO, Eduardo et al. América Latina 500 anos de conquista. São Paulo: Ícone, 1987.
FIGUEIRA, Ricardo Rezende. Pisando fora da própria sombra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos Científicos, 1989.
GOMES, Ângela M. de Castro. Trabalho análogo a de escravo: construindo um problema. História Oral, v. 11, n. 1-2, p. 11-41, jan.-dez. 2008.
GOMES, Ângela M. de Castro Gomes. Código Penal e trabalho análogo ao de escravo. In: FIGUEIRA, R. R.; PRADO, A. A.; GALVÃO, E. M. (Org.). A universidade discute a escravidão contemporânea: práticas e reflexões. Rio de Janeiro: Mauad X, 2015.
GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1988.
JOANONI NETO, Vitale. Fronteiras da crença. Cuiabá: EdUFMT, 2007.
LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1975.
MARTINS, José de Souza. Fronteira. São Paulo: Contexto, 2009.
MENEZES, Esron Penha de. Retalhos para a História de Rondônia. [Manaus]: [Imprensa Oficial do Estado do Amazonas], 1980.
NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. São Paulo: Publifolha, 2000.
NEVES, Frederico de Castro. Tragédia oculta. Nossa História. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, ano 1, n. 2, p. 72-77, dez. 2003.
OLEARI, Osvaldo. Comprei este escravo. Realidade. São Paulo, ano VI, n. 72, p. 112-118, mar.1972.
RODRIGUES, Nina. Os africanos no Brasil. São Paulo: Nacional, 1976.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos. São Paulo: Cortez, 2013.
SILVA, José Bonifácio de Andrada e. Projetos para o Brasil. São Paulo: Publifolha, 2000.
SILVA, Jovam Vilela. Mobilidade populacional na fronteira Oeste de colonização. Cuiabá: KCM, 2005.
SIQUEIRA, Elizabeth M; COSTA, Lourença A; CARVALHO, Cathia M. C. O processo histórico de Mato Grosso. Cuiabá: UFMT, 1990.
SOUZA, Braz Florentino Henriques de. Código Criminal do Império do Brasil. Recife: Typographia Universal, 1858.
VELLOSO, Mônica Pimenta. Os intelectuais e a política cultural do Estado Novo. In FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida Neves (Org.). O Brasil Republicano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. v. 2.
VIOLA, Sólon Eduardo Annes. Direitos Humanos e democracia no Brasil. São Leopoldo: Ed. UNISINOS, 2008.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Vitale Joanoni Neto
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Estudos Ibero-Americanos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Estudos Ibero-Americanos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.