Lesões faciais por osteodistrofia renal em paciente com insuficiência renal crônica: Relato de caso

Autores

  • Rafael Machado Karsburg
  • Kátia Regina de Campos
  • Maria Paula de Siqueira Melo Peres
  • Sheyla Batista Bologna
  • Silvia Vanessa Lourenço
  • Juliana Bertoldi Franco

Palavras-chave:

Insuficiência renal crônica, diálise renal, osteodistrofia renal

Resumo

Objetivo: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é o último estágio da doença renal crônica, na qual o rim perde sua função de filtração e endócrina. A hipofunção endócrina renal ocasiona danos generalizados ao organismo, que no conjunto são conhecidos como Síndrome Urêmica, sendo composta por danos que comprometem o sistema nervoso central, assim como os sistemas cardiovasculares, hematológicos, dermatológicos, oftálmicos, endócrinos, respiratórios, gastrointestinais e ósseos. O presente estudo irá relatar o caso de uma paciente portadora de IRC apresentando osteodistrofia em face do tipo osteíte fibrosa, evidenciando as principais características dessa doença. Descrição do caso: Uma paciente de 24 anos, sexo feminino, caucasiana, apresentou glomerulonefrite recorrente após perda do rim transplantado, estando sob hemodiálise três vezes por semana. Apresentou inchaço da área do m. masseter esquerdo com consistência dura à palpação, coberto por pelo de aspecto normal, inchaço do átrio esquerdo, com consistência dura e ausência de sinais inflamatórios, sugerindo lesões ósseas na face. Estas características eram compatíveis com tumor marrom de hiperparatireoidismo e/ou osteodistrofia. A imagem de tomografia computadorizada mostrou lesões ósseas expansivas de aparência heterogênea na mandíbula esquerda, assoalho da maxila e nasal, e nas áreas de sutura frontotemporal direita. As características clínicas e histopatológicas da lesão, em associação com níveis séricos elevados de hormônio PHT conduziram ao diagnóstico de osteodistrofia renal. A paciente foi encaminhada para o serviço de nefrologia. Conclusão: As alterações ósseas osteodistróficas são de grande prevalência em pessoas com doença renal, tendo o cirurgião-dentista o dever de levá-las em consideração no diagnóstico de lesões ósseas neste grupo específico de pessoas.

Biografia do Autor

Rafael Machado Karsburg

R

Kátia Regina de Campos

Pós-graduanda do curso de aprimoramento em Odontologia Hospitalar do HCFMUSP

Maria Paula de Siqueira Melo Peres

Cirurgiã-Dentista - Diretor Técnico da Divisão de Odontologia do Instituto Central do HCFMUSP.

Sheyla Batista Bologna

Doutoranda em Ciências da Saúde pela Disciplina de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Silvia Vanessa Lourenço

Professora Associada da Disciplina de Patologia Geral da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo

Juliana Bertoldi Franco

Cirurgiã-Dentista Responsável pelo Serviço de Odontologia do Hospital Auxiliar de Suzano do HCFMUSP Assistente do curso de aprimoramento e da residência multiprofissional em Odontologia Hospitalar do HCFMUSP

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Publicado

2012-04-11

Edição

Seção

Relato de Caso