Efeito de gomas de mascar contendo clorofenol / peróxido de hidrogênio, xilitol ou clorexidina no fluxo salivar, pH, capacidade tampão e escores salivares de Streptococcus mutans
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6523.2014.3.13114Palavras-chave:
Medicated Chewing Gum, Camphor, p-Chlorophenol, Hydrogen Peroxide, Saliva, chlorhexidine, xylitol.Resumo
Objetivos: Gomas de mascar medicadas são preparações sólidas, de dose única, que devem ser mastigadas por um determinado período de tempo a fim de que um ou mais agentes farmacológicos sejam admnistrados. Neste contexto, gomas de mascar medicadas com três ingredientes farmacêuticos ativos – cânfora, p-clorofenol e peróxido de hidrogênio – foram avaliadas como agentes terapêuticos para cárie dentária. O objetivo deste estúdio foi comparar o efeito de gomas de mascar contendo chlorophenol / peróxido de hidrogênio, xilitol ou clorexidina sobre Streptococos mutans salivares, pH, capacidade tampão, a taxa de secreção salivar.
Métodos: Foi realizado estudo duplo-cego, com deliamento de randomização cruzada de tratamento em 24 pacientes. Esses foram submetidos a seis sequências diferentes de tratamento. Gomas de mascar foram administradas três vezes ao dia durante 20 minutos, pela manhã, tarde e noite. No início e no final das três fases de amostras de saliva experimentais foram obtidas para a determinação de pH, capacidade tampão, fluxo salivar e enumeração quantitativa de S. mutans.
Resultados: O uso de goma medicado de cânfora com p-clorofenol e peróxido de hidrogénio não modificaram os parâmetros químicos salivares medidos, e reduziram o número de S. mutans, após 7 dias. Gomas de mascar contendo clorexidina reduziram significativamente a contagem quantitativa de S. mutans e a taxa de fluxo salivar em um período de 7 dias.
Conclusões: O uso de gomas de mascar medicadas com base de cânfora / p clorofenol ou com peróxido de hidrogênio não altera significativamente os parâmetros químicos salivares e não reduz significativamente o número de S. mutans após a utilização por período de 7 dias.
Referências
Decker EM, Maier G, Axmann D, Brecx M, von Ohle C. Effect of xylitol/ chlorhexidine versus xylitol or chlorhexidine as single rinses on initial biofilm formation of cariogenic streptococci. Quintessence Int. 2008, 39:17-22.
Sakeenabi B, Hiremath SS. Dental caries experience and salivary streptococcus mutans, lactobacilli scores, salivary flow rate and salivary buffering capacity among 6 year old Indian school children. J Clin Exp Dent. 2011;3:e412-7.
Jaña D, Yévenes I, Rivera S. Mouthwash Comparative Study between p chlorophenol and hydrogen peroxide with Chlorhexidine Mouthwash 0.12% in the growth of Microbial Plaque and Gingivitis Rev Clin Periodoncia Implantol Rehabil Oral. 2010;3:65-8.
Llamas R, Segura J. In vitro effect of parachlorophenol and camphorated parachlorophenol on macrophages. J Endod. 1997;23:728-30.
Feuerstein O, Moreinos D, Steinberg D. Synergic antibacterial effect between visible light and hydrogen peroxide on Streptococcus mutans. J Antimicrob Chemother. 2006;57:872-6.
Chaudhary SA, Shahiwala AF. Medicated chewing gum--a potential drug delivery system. Expert Opin Drug Deliv. 2010 Jul;7:871-85.
Yévenes I, Rivera S, Neira M, Jaña D et.al. Comparative antiplaque mouthwash effect based parachlorophenol, camphor and hydrogen peroxide with chlorhexidine mouthwash 0.12%. Abstracts IADR- Chile. XIX Annual Meeting, 2006, 72:29.
Yévenes I, Palma P, Jaña D, Espinoza P et.al. Microbiological - chemical effect in saliva using antiseptic mouthwash. Abstracts IADR-Chile. XX
Annual Meeting 2007, 148:28.
Yévenes I, Palma P, Gajardo M, Neira M, Galván T. Antimicrobial activity
in vivo and in vitro based mouthwash parachlorophenol, camphor and
hydrogen peroxide. Abstracts IADR-Chile. XXI Annual Meeting 2008, 148:28.
Rockenbach MI, Marinho SA, Veeck EB, Lindemann L, Shinkai RS. Salivary flow rate, pH, and concentrations of calcium, phosphate, an sIgA in Brazilian pregnant and non-pregnant women. Head Face Med. 2006, 2:44.
Ericsson Y. Clinical investigations of the salivary buffering action. Acta Odontol Scand. 1959;17:131-5.
Linossier A, Vargas A, Zillmann G, Arriagada M, Rojas R, Villegas R. Streptococci mutans: a semi-quantitative method to assess the risk to oral infection in preschool Chilean children. Rev Med Chile. 2003;737:412-8.
Linossier A, Carvajal P, Donoso E, Orrego M. Dental Fluorosis: Streptococcus mutans count in schools from the First Region of Chile. Longitudinal study. Rev Med Chile 1999;727:1462-14
Dawes C. The unstimulated salivary flow rate after prolonged gum
chewing. Arch Oral Biol. 2005;50:561-3.
Dawes C, Kubieniec K. The effects of prolonged gum chewing on salivary
flow rate and composition. Arch Oral Biol. 2004;49:665-9.
Imfeld T. Chlorhexidine-containing chewing gum clinical documentation.
Schweiz Monatsschr Zahnmed. 2006;116:476-83.
Brian A. Burt. The use of sorbitol – and xylitol-sweetened chewing gum in caries control. J Am Dent Assoc. 2006;137:190-6.
Kimbrough C, Chun M, Dela Roca G, Lau BH. PYCNOGENOL chewing gum minimizes gingival bleeding and plaque formation.Phytomedicine. 2002;9:410-3.
Al-haboubi M, Zoitopoulos L, Beighton D, Gallagher J. (2010). Gumchewing for the Prevention of Oral Diseases in Older People. Abstract available at: Website [Accessed on: 02-01-2012].
Thaweboon S, Thaweboon B, Soo-Ampon S. The effect of xylitol chewing
gum on mutans Streptococci in saliva and dental plaque. Southeast Asian
J Trop Med Public Health. 2004;35:1024-7.
Mäkinen KK, Bennett CA, Hujoel PP, Isokangas PJ, Isotupa KP, Pape Jr HR, Mäkinen PL: Xylitol chewing gums and caries rates: a 40-month cohort study. J Dent Res. 1995;74:1904-13.
Makinen KK, Soderling E, Isokangas P, Tenovuo J, Tiekso J. Oral biochemical status and depression of streptococcus mutans in children during 24 to 36 month use of xylitol chewing gum. Caries Res. 1998; 23:261-267.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Odonto Ciência implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Odonto Ciência como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Odonto Ciência o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Odonto Ciência apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.
