Funny Ha Ha: causalidades fragmentadas
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3710.2017.1.26218Resumo
O objetivo do artigo é o de realizar uma análise do filme Funny Ha Ha (2002), dirigido por Andrew Bujalski e responsável por inaugurar o movimento mumblecore nos EUA, cuja diegese extrai sua verdade de uma imagem incompleta, de uma temática que não se revela e de um gênero que, a todo o momento, se esconde. Nesse sentido, tendo em vista a articulação do real em Hal Foster e os regimes de identificação da arte propostos por Jacques Rancière, a ideia do estudo é reconhecer nos tempos mortos construídos por Bujalski a noção traumática da incomunicabilidade e ao mesmo tempo entender a desconstrução narrativa que valoriza o fragmento em detrimento de qualquer hierarquia representacional.
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