Discursive construction of the ethos of institutional authority: power, vigilance and slave revolts in Bahia

Authors

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7726.2019.3.30947

Keywords:

Discursive ethos. Institutional authority. Slave revolts. Bahia. Philology.

Abstract

The article aims to present reflections on the discursive ethos of the institutional authority of the Empire and the Province against rebellions headed by slaves as a confrontation with the terrifying conditions of slavery. For that, the ethos is analyzed from the discourse of the administration of Bahia in the nineteenth century, considering the historical text, with the purpose of observing how the subject enunciator articulates with other discourses, from the dialectic relation between identity and otherness. The official speeches are mediated by the Officials of the Secretariat of the Government of Bahia, enunciators of the political discourse of institutional power, and materialized in Resolution of the public administration. In this bias, the discursive ethos is a look at the scene. The reader is invited to participate in the recognition of this state of vigilance for the slave revolts, which were considered a security problem.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Eliana Correia Brandão Gonçalves, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA

Doutora, professora da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.

References

AMOSSY, R. Da noção retórica de ethos à análise do discurso. In: AMOSSY, Ruth. Imagens de si no discurso: a construção do ethos. São Paulo: Contexto, 2005. https://doi.org/10.35501/dissol.v0i8.485

AMOSSY, R. L’argumentation dans le discours. 3. éd. Paris: Armand Colin, 2010.

ANDRADE, E.; SANTIAGO-ALMEIDA, M.; BARONAS, R. Plano de guerra da Capitania de Matto Grosso: janeiro de 1800. 2. ed. reimpr. e revisada. Cuiabá: EDUFMT, 2014.

ARAS, L. M.B. de. Escravos nos movimentos federalistas. Bahia, 1832-1833. Politeia: História e Sociedade, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 151-172, 2012. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1299165598_ARQUIVO_AsideiasfederalistasnaBahiaoitocentista(LinaAras).pdf. Acesso em: 1 mar. 2018.

BELLOTTO, Heloísa. Como fazer análise diplomática e análise tipológica de documento de arquivo. São Paulo: Arquivo do Estado e Imprensa Oficial do Estado, 2002. (Série Como Fazer, Vol. 8). https://doi.org/10.26512/2016.03.d.20288

BRITO, L. C. Só o rigor da lei: os africanos e a legislação baiana do século XIX. Sankofa, Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 30 – 57, 2008. https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2008.88729

CAMBRAIA, Cesar Nardelli; CUNHA, Antonio Geraldo da; MEGALE, Heitor. Normas para a transcrição de documentos manuscritos para a história do português do Brasil. In: A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Humanitas, 1999. p. 23-26. (Série Série Diachronica, Vol. 1). https://doi.org/10.11606/issn.2595-2501.rusp.1950.143235

CHARADEAU, Patrick. Discurso político. São Paulo: Contexto, 2006.

CHARAUDEAU, P.; MAINGUENEAU, D. Dicionário de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2014.

DANTAS, Mônica. Revoltas, motins, revoluções: homens livres pobres e libertos no Brasil do século XIX. São Paulo: Alameda; 2011. https://doi.org/10.3368/lbr.53.2.e31

DE FANTI, Maria da Glória Corrêa. Identidade, alteridade e cultura regional: a construção do ethos milongueiro gaúcho. Alfa, São Paulo, v. 53, n. 1, p. 149-166, 2009.

FALCON, F. História e Poder. In: CARDOSO, C. F.; VAINFAS, R. (org.). Domínios da História. Rio de Janeiro: Campus, 1997. p. 61-90.

GAZETA DO RIO DE JANEIRO. 31.01.1821; v. 9, n. 1. Disponível em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/gazeta_rj/gazeta_rj_1821/gazeta_rj_1821_009.pdf. Acesso em: 5 abr. 2018. https://doi.org/10.15603/2175-7755/cs.v29n49p27-41

GONÇALVES, Eliana Correia Brandão. Léxico e história: lutas e contextos de violência em documentos da Capitania da Bahia. Revista da ABRALIN, Curitiba, v. 16, n. 2, p. 191-218, abr. 2017. ISSN 0102-7158. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/abralin/article/view/52006/32046. Acesso em: 14 ago. 2019. https://doi.org/10.5380/rabl.v16i2.52006

GONÇALVES, Eliana Correia Brandão. Leitura críticofilológica de Resolução de 1822: revoltas, vigilância, violência e punição na Bahia do século XIX. Revista Filologia e Linguística Portuguesa, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 153-174, ago./dez. 2018. https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v20i2p153-174

HABIB, Paulo Paulinelli. O ethos na argumentação: análise discursiva de uma carta- protesto de Sobral Pinto ao Presidente Costa e Silva. 2008, 183 f. Dissertação (Mestrado e Letras) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdades de Letras, Minas Gerais, 2008. https://doi.org/10.5327/z2447-211520191800064

MAINGUENEAU, D. Ethos discursivo. 2. ed. São Paulo, SP: Contexto, 2011.

MAINGUENEAU, D. A noção de ethos discursivo. In: MOTTA, A. R.; SALGADO, L. Ethos discursivo. São Paulo: Contexto, 2008a. p. 11-32.

MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. 3. ed. Tradução Cecília P. de Souza-e-Silva e Décio Rocha. São Paulo: Cortez, 2005c. https://doi.org/10.18309/anp.v1i12.518

MAINGUENEAU, D. Cenas da enunciação. Org. Sírio Possenti e Maria Cecília Pérez de Souza-e-Silva. São Paulo, SP: Parábola Editorial, 2008b.

MAINGUENEAU, D. Ethos, cenografia, incorporação. In: AMOSSY, R. (org.). Imagens de si no discurso: a construção do ethos. Tradução Dílson Ferreira da Cruz, Fabiana Komesu e Sírio Possenti. São Paulo: Contexto, 2005a. p. 69-92. https://doi.org/10.26512/les.v10i2.9291

MAINGUENEAU, Dominique. A propósito do ethos. In: MOTTA, Ana Raquel; SALGADO, Luciana (org.). Ethos discursivo. São Paulo: Contexto, 2008c. p. 11-29.

MAINGUENEAU, Dominique. Gênese dos discursos. Tradução Sírio Possenti. Curitiba: Criar, 2005b.

MENDES, Mírian Lúcia Brandão. A retórica escravista: as emoções no discurso das cartas de Alencar a favor da escravidão. EID&A – Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, Ilhéus, n. 7, p. 183-194, dez. 2014. https://doi.org/10.17648/eidea-18-2197

MUNHOZ, Renata Ferreira. O poder do discurso de submissão: reflexões sobre as práticas discursivas na esfera da administração setecentista. Redis: Revista de Estudos do Discurso, n. 6, p. 140-171, 2017. https://doi.org/10.21747/21833958/red6a6

REIS, João José. Recôncavo rebelde: revoltas de escravos nos engenhos bahianos. Afroásia, Salvador, n. 15, p. 100-126, 1992.

Published

2019-12-31

How to Cite

Gonçalves, E. C. B. (2019). Discursive construction of the ethos of institutional authority: power, vigilance and slave revolts in Bahia. Letras De Hoje, 54(3), 350–358. https://doi.org/10.15448/1984-7726.2019.3.30947

Issue

Section

Articles