Ultrassom contínuo versus pulsado na liberação da hidrocortisona in vitro

Autores

  • Claudia Regina Pretto Universidade do Vale do Taquari
  • Barbara Scmitt Universidade do Vale do Taquari
  • Giovana Sinigaglia Universidade do Vale do Taquari http://orcid.org/0000-0002-4614-3272
  • Paula Bianchetti Universidade do Vale do Taquari
  • João Alberto Fioravante Tassinary Universidade do Vale do Taquari
  • Mauricio Hillgemann Universidade do Vale do Taquari
  • Simone Stulp Universidade do Vale do Taquari

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2018.3.29926

Palavras-chave:

ultrassom, fonoforese, técnicas in vitro.

Resumo

Introdução: A fonoforese baseia-se na utilização do ultrassom para provocar perturbação dos tecidos, gerando assim, um movimento rápido das partículas, facilitando a absorção do fármaco.
Objetivo: Estudar a liberação in vitro da hidrocortisona frente à aplicação de fonoforese, nos modos contínuo e pulsado, a fim de avaliar a real eficácia do seu emprego terapêutico.
Materiais e Métodos: Para a realização do estudo foi utilizada hidrocortisona em gel, manipulada em farmácia magistral. Foram feitas análises com a membrana de acetato de celulose associado a hidrocortisona com e sem a aplicação da fonoforese, utilizando ultrassom no modo contínuo e pulsado nos tempos de 0, 5, 10, 15 e 20 minutos de aplicação. As análises foram realizadas em triplicata.
Resultados: Os resultados sugerem uma maior liberação da hidrocortisona quando associada à onda sônica terapêutica. Foi constatado, também, que o ultrassom no modo contínuo é mais efetivo quando comparado com o modo pulsado a partir de 5 minutos de aplicação. Nos tempos de 10, 15 e 20 minutos o ultrassom ajustado no modo contínuo se mostrou mais efetivo no que diz respeito à liberação do fármaco quando comparado com o modo pulsado, com aumento de 585, 302 e 260% respectivamente.
Conclusão: O ultrassom no modo contínuo é mais efetivo quando comparado com o modo pulsado a 5%, a partir de 5 minutos de aplicação, para liberação e permeação da hidrocortisona 1% em sistema de difusão vertical.

Biografia do Autor

Claudia Regina Pretto, Universidade do Vale do Taquari

Graduação em Fisioterapia

Barbara Scmitt, Universidade do Vale do Taquari

Graduada em Biomedicina

Giovana Sinigaglia, Universidade do Vale do Taquari

Mestre, professora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde- Univates

Paula Bianchetti, Universidade do Vale do Taquari

Mestre, professora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Univates

João Alberto Fioravante Tassinary, Universidade do Vale do Taquari

Doutor, professor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Univates

Mauricio Hillgemann, Universidade do Vale do Taquari

Doutor, professor do programa de Pós Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da Univates

Simone Stulp, Universidade do Vale do Taquari

Doutora, professor do programa de Pós Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da Univates

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Publicado

2018-10-17

Edição

Seção

Artigos Originais