Caracterização epidemiológica dos casos de sífilis em mulheres

Autores

  • Heuler Souza Andrade Enfermeiro. Mestre em Ciências. Docente da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Divinópolis, MG, Brasil.
  • Nayanne Ferreira Geralda Rezende Enfermeira graduada pela UEMG, Divinópolis, MG, Brasil.
  • Meiriane Nogueira Garcia Enfermeira graduada pela UEMG, Divinópolis, MG, Brasil.
  • Eliete Albano de Azevedo Guimarães Enfermeira. Pós-Doutorado em Saúde Coletiva. Docente Universidade Federal São João Del Rei, MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2019.1.32124

Palavras-chave:

sífilis, mulheres, gestantes.

Resumo

Introdução: A Sífilis é uma infecção que representa um grave problema para a saúde pública mundial, especialmente pelas complicações em mulheres e neonatos.

Objetivo: Descrever o perfil das mulheres notificadas com Sífilis no município de Divinópolis (MG) entre os anos de 2011 a 2016.

Materiais e Métodos: Estudo descritivo de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através das fichas de notificação para Sífilis adquirida e Sífilis em gestante, arquivadas na Secretaria Municipal de Saúde. As variáveis estudadas foram: faixa etária, escolaridade, ocupação, antecedentes de Sífilis, comportamento sexual, resultado do teste treponêmico e não treponêmico, classificação clínica da doença, além dos cálculos de incidência da sífilis gestacional e adquirida. Os dados foram analisados descritivamente e apresentados em forma de tabelas.

Resultados: Entre os anos pesquisados foram notificados 70 casos de Sífilis Adquirida e 159 casos de Sífilis Gestacional. Em ambos os casos a faixa etária mais acometida foi de 20 a 29 anos. A maioria das mulheres com Sífilis adquirida possuíam ensino fundamental, tinham emprego formal, mantinham relações sexuais com homens e foram diagnosticadas com Sífilis secundária, porém sem antecedentes para doença. Já as gestantes possuíam em sua pluralidade o ensino médio, eram do lar e foram diagnosticadas com Sífilis primária. A maior parte apresentou teste não treponêmico reagente e não realizou teste treponêmicos.

Conclusão: Os resultados demonstraram que é preciso avançar nas ações de prevenção e na melhoria da qualidade da assistência.

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Publicado

2019-03-01

Edição

Seção

Artigos Originais