A nova lei de drogas e seus dilemas Apontamentos para o estudo das formas de desigualdade presentes nos interstícios do ordenamento jurídico-penal brasileiro

Autores

  • Marcos Veríssimo Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2010.2.6533

Palavras-chave:

Nova Lei de Drogas, Desigualdade Social, Criminalização, Polícia, Ambiguidade

Resumo

De acordo com a assim chamada Nova Lei de Drogas (Lei 11.343/06) – que aboliu a pena de prisão para usuários de drogas flagrados neste delito – difundiu-se na opinião pública, ao menos no primeiro momento, a idéia de que o ordenamento jurídico-penal brasileiro estaria caminhando para formas menos conservadoras de lidar com esta complexa questão. Contudo, o que pesquisadores que se dedicam ao tema têm tido a oportunidade de notar é que essa lei acabou implicando em um aval para que tais casos continuassem – como sempre foram – resolvidos, como se diz, na rua. E neste particular, dependendo da origem social (digamos assim) de quem é surpreendido usando drogas (e não da Lei), o tratamento dado pelos policiais poderia ir da extorsão (no caso de usuários de classe média) à aplicação de castigos físicos e morais (em se tratando de pessoas pobres ou favelados).

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Biografia do Autor

Marcos Veríssimo, Universidade Federal Fluminense

Doutorando em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense; com mestrado pelo mesmo programa e Especialização em Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública pela Universidade Federal Fluminense. Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

2010-11-18

Como Citar

Veríssimo, M. (2010). A nova lei de drogas e seus dilemas Apontamentos para o estudo das formas de desigualdade presentes nos interstícios do ordenamento jurídico-penal brasileiro. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 10(2), 330–344. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2010.2.6533