Estado e autoritarismo na América Latina
As concepções de Ruy Mauro Marini e Guillermo O’Donnell
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2022.1.41378Palavras-chave:
América Latina, Estado, Revolução, Democracia, ConhecimentoResumo
Nas décadas de 1960 e 1970, a implementação de regimes autoritários na América Latina teve uma ampla repercussão nas pesquisas e debates em ciências sociais. As obras de Ruy Mauro Marini e Guillermo O’Donnell sobre o estado e o autoritarismo latino-americanos reúnem alguns desses impactos na produção do conhecimento social, em face de seu compromisso com o destino das sociedades em que se inseriam, embora a partir de princípios teóricos e perspectivas políticas distintos, heterogêneos e, por vezes, conflitantes. Essa contraposição teórica ganha relevância atualmente, dado o retorno de ideias e práticas autoritárias em nossas realidades sociais.
Downloads
Referências
Abós, Álvaro. 1984. Las organizaciones sindicales y el poder militar (1976-1983). Buenos Aires: Ceal.
Adorno, Theodor W. (1950) 2019. Estudos sobre a personalidade autoritária. São Paulo: Edunesp.
Bambirra, Vânia. (1973) 1974. La Revolución Cubana, una reinterpretación. Ciudad de México: Nuestro Tiempo.
Blaustein, Eduardo, e Martí n Zubieta. 1998. Decíamos ayer: la prensa argentina bajo el Proceso. Buenos Aires: Colihue.
Bulcourf, Pablo e Gustavo Dufour. 2012. Guillermo O’Donnell e sua contribuiçã o para o desenvolvimento da Ciência Polí tica latino-americana. DADOS – Revista de Ciências Sociais 55 (1): 5-35. https://doi.org/10.1590/S0011-52582012000100001.
Cardoso, Fernando H. 1975. Autoritarismo e democratização. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Cardoso, Fernando H., e Enzo Falleto. 1969. Dependencia y desarrollo en América Latina: ensayo de interpretación sociológica. Ciudad de México: Siglo XXI.
Coleman, James S. 1960. Conclusion: the political systems of the developing areas. In The politics of the developing areas, organizado por Gabriel A. Almond e James S. Coleman, 532-576. Princeton: Princeton University Press.
Collier, David, org. (1979) 1982. O novo autoritarismo na América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Dos Santos, Theotonio. 1977. Socialismo y fascismo en America Latina hoy. Revista Mexicana de Sociología 39 (1): 173-190. https://doi.org/10.2307/3539794.
Fernandes, Florestan. 1982. A ditadura em questão. Sã o Paulo: T. A. Queiroz.
Fernandes, Florestan. (1974) 2005. A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. 5 ed. São Paulo: Globo.
Fernandes, Florestan. (1981) 2015. Notas sobre o fascismo na América Latina. In Poder e contrapoder na América Latina, 33-58. 2 ed. São Paulo: Expressã o Popular.
Ferrara, Francisco. 1973. Qué son las ligas agrarias. Historia y documentos de las organizaciones campesinas del Nordeste argentino. Buenos Aires: Siglo XXI.
Frederico, Celso. 1987. A esquerda e o movimento operário. A resistência à ditadura. Sã o Paulo: Novos Rumos.
Germani, Gino. (1962) 1971. Política y sociedad en una época de transición: de la sociedad tradicional a la sociedad de masas. 4 ed. Buenos Aires: Paidós.
Germani, Gino. 1978. Authoritarianism, national populism and fascism. New Brunswick: Transaction Books.
Guérin, Daniel. (1936) 2021. Fascismo e grande capital. Campinas: Editora Unicamp.
Gurland, Arcadius R. L. 1941. Technological trends and economic structure under National Socialism. Studies in Philosophy and Social Science 9: 226-263. https://doi.org/10.5840/zfs19419225.
Horkheimer, Max. (1942) 2006. Estado autoritario. Ciudad de México: Ítaca.
Ianni, Octavio. 1968. O colapso do populismo. Rio de Janeiro: Civilizaçã o Brasileira.
Ianni, Octavio. (1975) 1991. A formação do Estado estado populista na América Latina. Rio de Janeiro: Civilizaçã o Brasileira.
Jaguaribe, Hé lio. 1954. O que é o Adhemarismo? Cadernos do Nosso Tempo (2): 139-149.
Julião, Francisco. 1962. Que são as Ligas Camponesas? Cadernos do Povo Brasileiro, vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Kirchheimer, Otto. 1941. The legal order of National Socialism. Studies in Philosophy and Social Science 9: 456-475. https://doi.org/10.5840/zfs19419341.
Kushnir, Beatriz. 2004. Cães de guarda: jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988. São Paulo: Boitempo.
Laclau, Ernesto. (2005) 2013. A razão populista. São Paulo: Três Estrelas.
Leal Filho, Laurindo. 1988. Atrás das câmeras: relações entre cultura, estado e televisão. Sã o Paulo: Summus.
Lenin, Vladimir I. (1917) 2017. O marxismo e a insurreição: carta ao comitê central do POSDR. In Lenin e a Revolução de Outubro: textos no calor da hora (1917-1923), organizado por José Paulo Netto, 255-262. São Paulo: Expressã o Popular.
Lipset, Seymour M. 1959. Some social requisites of democracy: economic, development and political legitimacy. American Political Science Review (53): 69-105. https://doi.org/10.2307/1951731.
Marini, Ruy Mauro. 1969. Subdesarrollo y revolución. Ciudad de México: Siglo XXI.
Marini, Ruy Mauro. 1973. Dialéctica de la dependencia. Ciudad de México: Era.
Marini, Ruy Mauro. 1975. El Estado en Amé rica Latina. Revista Mexicana de Ciencias políticas y Sociales 21 (82): 9-47.
Marini, Ruy Mauro. 1977. Estado y crisis en Brasil. Cuadernos Políticos (13): 76-84.
Marini, Ruy Mauro. 1977a. La acumulació n capitalista mundial y el subimperialismo. Cuadernos Políticos (12): 20-39.
Marini, Ruy Mauro. 2019 (1976). O reformismo e a contrarrevolução: estudos sobre o Chile. São Paulo: Expressão Popular.
Marini, Ruy Mauro, Pí o Garcí a, Agustí n Cueva, e Theotonio dos Santos. 1978. La cuestió n del fascismo en América Latina. Cuadernos Políticos (18): 13-34.
Marini, Ruy Mauro e Márgara Millán, orgs. (1978) 1995. La teoría social latinoamericana. Tomo III. Ciudad de México: Unam, FCPyS, Cela.
Marcuse, Herbert. (1942) 1998. State and individual under national socialism. In Technology, war and fascism, 67-88. Nova York: Routledge.
Miceli, Sergio. (1972) 2005. A noite da madrinha e outros ensaios sobre o éter nacional. São Paulo: Companhia das Letras.
Murmis, Miguel e Juan Carlos Portantiero. (1971) 2004. Estudios sobre los orígenes del peronismo. Buenos Aires: Siglo XXI.
Neumann, Franz. (1944) 2009. Behemoth: the structure and practice of National Socialism (1933-1944). Chicago: Ivan R. Dee Publisher.
Neumann, Franz. 1957. The democratic and the authoritarian state: essays in political and legal theory. Nova York: The Free Press.
Nun, José . 1969. Latin America: the hegemonic crisis and the military coup. Berkeley: University of California.
O’Donnell, Guillermo. (1972) 1973. Modernization and bureaucratic-authoritarianism: studies in South American politics. Berkeley: University of California.
O’Donnell, Guillermo. (1979) 1982. Tensões no Estado autoritário-burocrático e a questão da democracia. In O novo autoritarismo na América Latina, organizado por David Collier, 267-296. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
O’Donnell, Guillermo. (1992) 1996. El Estado burocrático-autoritario: triunfos, derrotas y crisis. 2 ed. Buenos Aires: Belgrano.
O’Donnell, Guillermo. 2010. Democracy, agency, and the state: theory with comparative intent. Nova York: Oxford University Press.
O’Donnell, Guillermo e Philippe C. Schmitter. 1986. Transitions from authoritarian rule: tentative conclusions about uncertain democracies. Londres: The Johns Hopkins University Press.
Ortiz, Renato. (1988) 1995. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e identidade nacional. 5 ed. São Paulo: Brasiliense.
Pastrana, Ernesto e Monica Threlfall. 1974. Pan, techo y poder: el movimiento de pobladores en Chile (1970-1973). Buenos Aires: Siap-Planteos.
Pollock, Friedrich. 1941. State capitalism: its possibilities and limitations. Studies in Philosophy and Social Science 9: 200-225.
Pollock, Friedrich. 1941a. Is National Socialism a new order? Studies in Philosophy and Social Science 9: 440-455. https://doi.org/10.5840/zfs19419340.
Poulantzas, Nicos. (1970) 1976. Fascismo y dictadura: la III Internacional frente al fascismo. 8 ed. Ciudad de México: Siglo XXI.
Pozzi, Pablo. 2008. La oposición obrera a la dictadura (1976-1982). Buenos Aires: Imago Mundi.
Reich, Wilhelm. (1933) 1988. Psicologia de massas do fascismo. São Paulo: Martins Fontes.
Reyna, José Luis e Richard S. Weinert, orgs. 1977. Authoritarianism in México. Philadelphia: Institute for the Study of Human Issues.
Ricupero, Bernardo. 2014. Da estrutura à agê ncia: momentos da interpretaçã o de Guillermo O’Donnell sobre o autoritarismo latino-americano. Crítica e Sociedade 4 (2): 90-112.
Ridenti, Marcelo. (2000) 2014. Em busca do povo brasileiro: artistas da revolução, do CPC à era da TV. 2 ed. São Paulo: Editora Unesp.
Sarlo, Beatriz. 1987. Política, ideología y figuración literaria. In Ficción y política. La narrativa argentina durante el proceso militar, organizado por Balderston, Daniel, David W. Foster, Tulio H. Donghi, Francine Masiello, Marta Morelo-Frosch e Beatriz Sarlo, 30-59. Buenos Aires: Alianza Editorial.
Silva, Maurí cio Ferreira. 2012. Comunicaçãção e autoritarismo no Brasil: a política de comunicaçãção do regime militar. Cruz das Almas: Editora UFRB.
Smith, Anne-Marie. 1997. A forced agreement: press acquiescence to censorship in Brazil. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press.
Thalheimer, August. (1930) 2009. Sobre o fascismo. Salvador: Centro de Estudos Victor Meyer.
Thalheimer, August. 1946. Grundlinien und Grundbegriffe der Weltpolitik nach dem 2. Weltkrieg. Publicado pelo Gruppe Arbeiterpolitik.
Togliatti, Palmiro. (1970) 1978. Lições sobre o fascismo. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas.
Varela, Mirta. 2005. La televisión criolla: desde sus comienzos hasta la llegada del hombre a la Luna (1951-1969). Buenos Aires: EDHASA.
Weffort, Francisco. 1965. Raízes sociais do populismo em São Paulo. Revista Civilizaçãção Brasileira (2): 39-60.
Weffort, Francisco. (1978) 2003. O populismo na política brasileira. 5 ed. São Paulo: Paz e Terra.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Civitas - Revista de Ciências Sociais

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).