Fenomenologia e teoria social
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2021.1.39153Palavras-chave:
Mundo da vida cotidiana, Alfred Schutz, AçãoResumo
O presente artigo discute o conceito de “mundo da vida cotidiana”, uma das mais importantes contribuições da “sociologia fenomenológica” de A. Schutz para a teoria social contemporânea. Argumentamos que a premissa fundamental desse conceito se refere prioritariamente à questão de ação (fluxo de atividades sempre em vias de transformação e de concretização) e não apenas de significação. Partimos do pressuposto que a sua teoria assume um “caráter ontológico”: a existência humana consiste em ser/estar no mundo e é próprio do ser humano atuar. A ação é sempre circunstancial, requer um “ímpeto inicial” (motivo) e se constitui essencialmente como processo em curso (trajeto), o que difere do “ato” (o resultado desse percurso, a ação realizada). As significações, produzidas no fluxo de atividades, são interpretações de experiências passadas. Tal premissa levanta um desafio para a sociologia: como lidar com uma realidade que em si mesma é temporal, plural, incerta?
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