A revolta estudantil e a luta pela democratização do sistema educacional chileno
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2016.2.21321Palavras-chave:
Movimento estudantil, Chile, América Latina.Resumo
Desde 2011 a acção do movimento estudantil chileno vem constantemente atraindo a atenção do mundo e se apresenta actualmente como um importante ator político naquele país. A luta dos estudantes chilenos por uma educação pública e gratuita cresceu reverberando os ecos da Primavera Árabe e dos “indignados” na Europa, evidenciando uma crise do modelo de democracia representativa e indicando novamente as ruas como um forte espaço de política. Qualquer análise sociopolítica de tal movimento é dependente da compreensão do seu papel histórico naquela sociedade. O presente artigo pretende abordar a formação social do movimento dos estudantes chilenos, apresentando a luta contra a herança institucional educacional estabelecida na transição da ditadura de Pinochet para o projeto consensual de uma nova democracia chilena. Dessa forma as demandas políticas dos estudantes chilenos esbarram nos limites de qualquer tipo de transformação radical imposta por um histórico consenso democrático entre direita e esquerda. As ruas ainda seguem sendo alternativa para a crise institucional de representatividade que a sociedade chilena enfrenta desde de sua transição para a democracia.
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