As propagandas da Revista Feminina (1914-1936): a invenção do mito da beleza
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2014.1.14655Palavras-chave:
Modernidade, Gênero, Beleza, Publicidade, Brasil República.Resumo
O presente artigo trata do mercado de consumo que se desenvolveu no Brasil no fim do império e início da primeira República em torno da imensa valoração do corpo (limpo, saudável, branco e reprodutivo) da mulher como centro da sua identidade. A análise das publicidades da Revista Feminina, importante periódico brasileiro do início do século XX, a partir dos discursos publicitários permite compreender a construção do corpo feminino que, já no início do referido século, recebia um influxo de informações para talhar a mulher nos moldes ansiados pela sociedade e, ao mesmo tempo, ensinar a esta mulher como deveria ser, parecer e qual era seu papel nesse grupo. Dessa maneira, buscou-se entender a historicidade das representações sobre o corpo feminino e de que maneira as características a ele imputadas permanecem como heranças sociais de poder e cultura.
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Referências
FONTES
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