Os “camaleões” e a história da ditadura militar: a memória sobre a militância arenista de Dercy Furtado
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2016.1.22996Palabras clave:
ditadura militar – memória - ARENAResumen
O artigo pretende discutir a memória construída pós-ditadura militar por políticos gaúchos da extinta Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Nesse sentido, o texto pretende discorrer sobre a trajetória política de Dercy Furtado, ex-vereadora e deputada estadual pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA) do Rio Grande do Sul entre 1972 e 1979, a partir de um conjunto de memórias elaboradas pela ex-arenista após o final da ditadura brasileira. A proposta é verificar como e por que Furtado construiu sua trajetória política distante de quaisquer cumplicidades com o "regime dos militares", descrevendo sua carreira parlamentar voltada para a defesa de ideais democráticos e de esquerda. O objetivo, nesse sentido, não é o de "corrigir" nem apontar as falsidades e os erros da memória, mas o de procurar entender como e por que antigos defensores da ditadura silenciam a respeito de sua atuação ao longo do regime. Ou seja, busco entender a historicidade dessas narrativas, suas permanências, mudanças, omissões, seleções e esquecimentos. Sendo assim, para a elaboração deste trabalho, enfatizo os depoimentos como novas metodologias que passaram a fazer parte do universo da história política, o que trouxe uma revalorização de suas concepções. Essa revalorização perpassa também a ideia de que a história política deve ser pensada como um campo mutável através do tempo e do espaço.Descargas
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