Mia Couto: viajante e afinador de identidades
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-4276.2017.1.25272Keywords:
Moçambique, Mia Couto, Identidade, Tradição, HibridismoAbstract
A identidade cultural moçambicana forja-se pela força do diálogo e da articulação funcional de diferentes identidades. Neste particular, a obra de Mia Couto destaca-se pelo modo único como congrega a riqueza desse mecanismo, afirmando-se como um interlocutor original no processo de construção da identidade nacional para o qual concorrem diversos elementos identitários que formam a especificidade moçambicana no conjunto da africanidade. Viajante do tempo, Mia Couto faz a história (e a identidade) moçambicana pela soma de um enorme conjunto de estórias, marca de um conhecimento ancestral que se revela necessário para a construção de um novo paradigma identitário – uma identidade que se constrói no compromisso entre o passado e o presente – que o autor vai afinando em cada nova obra porque se reconhece como “mulato de existências” que anseia pela esperança do futuro.
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Mia Couto: traveler and tuner of identities
Abstract: Mozambique's cultural identity is forged by the force of dialogue and functional articulation of different identities. In this regard, Mia Couto’s work is distinguished by the unique way he brings together the wealth of this mechanism, asserting itself as an original party in the national identity building process to which many identity elements contribute to form the Mozambican specificity in set of Africanness. Time traveler, Mia Couto makes Mozambican history (and identity) summing up a huge set of stories, marks of an ancestral knowledge that proves necessary for the construction of a new identity paradigm – an identity that is built on a compromise between past and present – that the author tunes in each new work because he is recognized as "mulatto of existences" that yearns for future hope.
Keywords: Mozambique; Mia Couto; Identity; Tradition; Hybridity
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