Mia Couto: justiça e “vida nua”, em O Último Voo do Flamingo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4276.2019.2.33961

Palavras-chave:

Justiça.Lei. Vida Nua. Alteridade. Responsabilidade.

Resumo

A minha leitura segue o desafio com que somos confrontados, como uma espécie de enigma, no início do romance: “os soldados [da ONU] morreram? Foram mortos?”. Em busca de uma resposta, pondera aquelas questões que dizem respeito aos problemas da morte e da vida, tal como eles são colocados no mundo ficcional de Tizangara. Compreende-os, então, com base nas posições contidas em Sobre uma crítica do poder como violência de Walter Benjamin e nos pensamentos, quer de Emmanuel Lévinas, quer de Jacques Derrida. Reconsiderando, também, a bibliografia crítica existente sobre o romance de Mia Couto, ela oferece igualmente uma nova forma de entender as mortes de Tizangara, discernindo, no discurso do padre Muhando e nos do círculo das suas amizades, Zeca Andorinho e Sulplício, os pressupostos transformados de uma certa leitura da Bíblia que nos ajuda a entender a aleoria trágica do final do romance.

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Biografia do Autor

José Paulo Cruz Pereira, Universidade do Algarve, Faro

Doutorado pela Universidade do Algarve. Actualmente docente do Departamento de Artes e Humanidades da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais daquela universidade, onde lecciona a disciplina de Literaturas Estrangeiras de Língua Portuguesa II.

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Publicado

2020-01-06

Como Citar

Pereira, J. P. C. (2020). Mia Couto: justiça e “vida nua”, em O Último Voo do Flamingo. Navegações, 12(2), e33961. https://doi.org/10.15448/1983-4276.2019.2.33961

Edição

Seção

Ensaios