Mar de circularidades
Leituras da prosa de autoria feminina na perspectiva afro-atlântica
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2022.1.41543Palabras clave:
Literatura amefricana, literatura afro-atlântica, Atlântico negro, Édouard Glissant, ArquipélagoResumen
Este artigo tem por objetivo discutir algumas condições de possibilidade à análise de obras amefricanas produzidas por mulheres, centradas em universos de experiências da travessia narradas desde o ponto de vista de sujeitas(os) negras(os) no processo da Diáspora. Nesse sentido, selecionamos um corpus literário composto por obras de Maria Firmina dos Reis (2004), Conceição Evaristo (2017, 2019) e Ana Maria Gonçalves (2018). São abordados os estudos em torno do tráfico transatlântico e da travessia no navio negreiro; bem como o diálogo entre o conhecimento teórico e histórico sobre o tema e as produções literárias ante a experiência do sequestro e da travessia. Tomamos a metáfora do arquipélago, proposta por Édouard Glissant (2014), como fundamento à construção da metodologia que subsidiará a discussão realizada. Nossa argumentação propõe a hipótese de um Atlântico como cemitério e, particularmente, como cemitério de nossos Outros, a que o corpus selecionado – enquanto parte de um conjunto mais amplo das literaturas amefricanas de autoria feminina – nos permite acessar processos de recomposição das memórias fragmentadas na travessia.
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