Subalternidade racial em Torto arado

Do silêncio à resistência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2021.3.39068

Palavras-chave:

Subalternidade, Relações raciais, Literatura brasileira contemporânea, Torto arado

Resumo

Neste trabalho, analisamos o modo como acontece, na obra Torto arado (2019), de Itamar Vieira Junior, o processo de evolução de consciência relacionada à condição de subalternidade a nível racial. Tal processo pode ser apreendido a partir das ações das personagens, que passam a assumir uma postura ativa frente à tradicional estrutura de exploração a que estão submetidas. A partir dos episódios apresentados pelas narradoras do romance, três mulheres negras que contam a própria história e a do grupo que integram, identificamos, descrevemos e interpretamos eventos que, em um primeiro momento, sinalizam um estágio de submissão das personagens, e que, em um segundo momento, sugerem um alcance de consciência a respeito de sua condição subalterna. A fim de embasar nossas proposições analíticas, apoiamo-nos nas considerações de Gayatri Spivak (2010), sobre o conceito de subalternidade; de Proença Filho (2004), a respeito da trajetória do negro na literatura brasileira; de Dalcastagnè (2008), acerca das relações raciais na literatura brasileira contemporânea; e de Albuquerque e Fraga Filho (2006), como referencial historiográfico.

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Biografia do Autor

Thallys Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil.

Mestre em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, RN,
Brasil; doutorando em Estudos da Linguagem pela mesma instituição.

Ana Emília Ferreira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil.

Mestre em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, RN, Brasil.

Referências

ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de; FRAGA FILHO, Walter. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais. Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006.

DALCASTAGNÈ, Regina. Entre silêncios e estereótipos: relações raciais na literatura brasileira contemporânea. Estudos de literatura brasileira contemporânea, v. 31, p. 87-110, 2008. Disponível em: <https://repositorio.unb.br/handle/10482/9620>. Acesso em: 20 ago. 2020.

PROENÇA FILHO, Domício. A trajetória do negro na literatura brasileira. In: Estudos Avançados – Revista do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Vol. 18, n.o 50, jan.-abr. 2004.

SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? 1. ed. Trad. Sandra Regina Goulart. Almeida; Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.

VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.

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Publicado

2021-11-09

Como Citar

Oliveira, T., & Ferreira, A. E. (2021). Subalternidade racial em Torto arado: Do silêncio à resistência. Letrônica, 14(3), e39068. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2021.3.39068