Encenação e ubiquidade no Twitter: a intolerância dos discursos sobre Marielle Franco
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2020.2.35963Palavras-chave:
Encenação, Comunicação ubíqua, Contrato de comunicação, Polarização, TwitterResumo
Este artigo trata da encenação do ato de linguagem em interações verbais na rede social Twitter. O objetivo geral é analisar o funcionamento do ato de linguagem na era da hipermobilidade sobre um clima político bipartidário e polarizado em que os parceiros de linguagem abdicam do contrato de comunicação a fim de fortalecerem sua posição original junto a seus pares do discurso político, rejeitando engajar uma negociação legítima de sentido com o lado oposto. O marco teórico se situa sobre a Teoria Semiolinguística, de Patrick Charaudeau (2010), e a comunicação ubíqua de Santaella (2013). A análise recai sobre uma troca linguageira ocorrida no Twitter acerca do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Concluímos que as partes opostas implementam a encenação do discurso a fim de conservar suas posições iniciais, o que as impede de considerar pontos de vista dissidentes.
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