Rape in J. M. Coetzee’s Fiction: Disgrace, Diary of a bad year and Elizabeth Costello
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.1.24086Palavras-chave:
J. M. Coetzee, Estupro, Desgraça, Desonra.Resumo
*O estupro na ficção de J. M. Coetzee: Desonra, Diário de um ano ruim e Elizabeth Costello*
O estupro é um tema recorrente na ficção de J. M. Coetzee, estando presente em romances como Desonra (1999), Diário de um ano ruim (2007) e Elizabeth Costello (2004). O objetivo deste trabalho é analisar cada representação de estupro desses romances para discutir as visões de violência e de desgraça apresentadas, relacionando-as às visões do próprio Coetzee, como a do quê – apesar de ele negar a censura – talvez seja melhor não ser dito. Em Desonra, David Lurie se vê caindo em desgraça após ser acusado pela aluna com quem teve um caso abrupto. Mais tarde, sua filha, Lucy, é brutalmente estuprada e prefere manter o incidente como privado. Ela acaba questionando a sexualidade masculina como um todo. Em Diário de um ano ruim, Anya acredita que a desonra recai sobre aqueles que a estupraram, e não sobre ela. Entretanto, Señor C discorda, vendo a desonra como miasma. Finalmente, em Elizabeth Costello, a protagonista relembra uma experiência com o mal pela qual passou com um homem. Ela então defende que algumas coisas não deveriam ser lidas ou escritas e discute o risco pelo qual escritores passam ao explorar áreas mais sombrias da experiência humana, visão que ecoa a de Coetzee.
Downloads
Referências
BARNARD, Lianne. The politics of rape: traces of radical feminism in Disgrace by J. M. Coetzee. In: Tydskrif vir Letterkunde, v. 50, n. 2, p. 19 28, 2013. Available at: <http://www.ajol.info/index.php/tvl/article/view/93208/82621>. Accessed: 20 May 2016.
BOOTH, Wayne C. The rhetoric of fiction Chicago: The University of Chicago Press, 1983.
CARUTH, Cathy. An introduction to “Trauma, Memory, and Testimony”. Reading on: a journal of theory and criticism, Issue 1: Trauma, Memory and Testimony. Emory University, Fall 2006, p. 2. Available at: <http://readingon.library.emory.edu/issue1/articles/Caruth/RO%20-%202005%20-%20Caruth.pdf>. Accessed: 14 Jan. 2015.
COETZEE, J. M. Diary of a bad year (2007). London: Vintage Books, 2008.
______. Disgrace (1999). London: Vintage Books, 2011.
______. Elizabeth Costello (2003). London: Vintage Books, 2004.
______. The harms of pornography: Catharine MacKinnon. In: ______. Giving offense: essays on censorship. Chicago: University of Chicago Press, 1996.
FERGUSON, Frances. Rape and the rise of the novel. In: Representations, n. 20, Special Issue: Misogyny, Misandry, and Misanthropy, p. 88-112, Autumn 1987. Available at: <http://www.jstor.org/stable/2928503>. Accessed: 7 May 2016.
FRIEDMAN, Norman. Point of view in fiction: the development of a critical concept, PMLA, v. 70, n. 5, p. 1160-1184, Dec. 1955. Available at:
<http://www.jstor.org/stable/459894>.Accessed: 10 May 2016.
GHIRARDI, José Garcez. Desde que eu não tenha que me transformar em uma pessoa melhor: o sem-sentido moral do direito em Desonra de J. M. Coetzee. In: ROSENFIELD, Kathrin H.; PEREIRA, Lawrence Flores (Ed.). Lendo J. M. Coetzee. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2015. p. 303-314.
GLENN, Ian. Partiu para sempre — Desonra, de Coetzee. Translated by Elaine Barros Indrusiak. In: ROSENFIELD, Kathrin H.; PEREIRA, Lawrence Flores (Ed.). Lendo J. M. Coetzee. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2015.
GRAHAM, Lucy Valerie. reading the unspeakable: Rape in J. M. Coetzee’s Disgrace, Journal of Southern African Studies, v. 29, n. 2, p. 433-444, June. 2003. Available at: <http://searchebscohost-com.ez45.periodicos.capes.gov.br/login.aspx direct=true&db=aph&AN=9930425&lang=pt-br&site=ehost-live&authtype=ip,cookie,uid>. Accessed: 3 Jan. 2016.
GUNNE, Sorcha; BRIGLEY THOMPSON, Zöe. Feminism without borders: The potentials and pitfalls of re-theorizing rape. In: ______. (Ed.). Feminism, literature and rape narratives: violence and violation. New York: Routledge, 2010.
HELENA, Lucia. Cristais da Memória em J. M. Coetzee: Reflexões em torno do estar à margem e do paradox em Diário de um ano ruim. In: ROSENFIELD, Kathrin H.; PEREIRA, Lawrence Flores (Ed.). Lendo J. M. Coetzee. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2015.
HERMAN, Luc; VERVAECK, Bart. Handbook of narrative analysis (2001). Lincoln: University of Nebraska Press, 2005.
JOLLY, Rosemary. Writing desire responsibly. In: BOEHMER, Elleke; EAGLESTONE, Robert; IDDIOLS, Katy (Ed.). J. M. Coetzee in Context and Theory. London: Continnum, 2009.
MACKINNON, Catharine A. Rape: On Coercion and Consent (1989). In: COMBOY, Katie; MEDINA, Nadia; STANBURY, Sarah (Ed.). Writing on the Body: female embodiment and feminist theory. New York: Columbia University Press, 1997.
MARDOROSSIAN, Carine M. Rape and the violence of representation in J. M. Coetzee’s Disgrace, Research in African literatures, v. 42, n. 4, p. 72 83, Winter 2011. Available at:
<http://muse.jhu.edu/journals/ral/summary/v042/42.4.mardorossian.html>. Accessed: 3 Jan. 2016.
OLIVEIRA, Rejane Pivetta de. Mal-estar da cultura e ética da linguagem em Desonra, de J. M. Coetzee. In: ROSENFIELD, Kathrin H.; PEREIRA, Lawrence Flores (Ed.). Lendo J. M. Coetzee. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2015.
PARKER, Robert. Introduction. In: ______. Miasma: Pollution and purification in early Greek religion (1983). Oxford: Clarendon Press, 1996.
PEREIRA, Lawrence Flores. A publicação de Disgrace, de J. M. Coetzee e a Submissão do Congresso Nacional Africano de Direitos Humanos: os farm attacks, a AIDS, os temores brancos e as tentações da censura. In: ROSENFIELD, Kathrin H.; ______. (Ed.). Lendo J. M. Coetzee. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2015. p. 189-226.
ROSENFIELD, Kathrin H. Ambiguidade moral e ficcional em Desgraça/Desonra. In: ROSENFIELD, Kathrin H.; PEREIRA, Lawrence Flores (Ed.). Lendo J. M. Coetzee. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2015.
ROSENFIELD, Kathrin H.; PEREIRA, Lawrence Flores. Apresentação. In: ______. (Ed.). Lendo J. M. Coetzee. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2015.
SCARRY, Elaine. Pain and imagining. In: _______. The body in pain: The making and unmaking of the world. New York: Oxford University Press, 1985.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Letrônica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Letrônica como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.