As possibilidades e limitações da representação do tempo em conto de Graciliano Ramos
Palavras-chave:
tempo, narrativa, Graciliano Ramos, Bergson, HeideggerResumo
Tanto a filosofia como a literatura buscaram, ao longo do último século, a superação do tempo convencional, coletivo, em direção ao tempo do mundo, ou da consciência. A preocupação deu origem a diversas técnicas literárias que tentam representar o tempo. É comum que se vinculem essas técnicas a Bergson, mesmo o filósofo francês tendo demonstrado a impossibilidade da representação consciente do tempo real. Heidegger também insistia na necessidade de superação de um tempo convencionado para se chegar ao tempo efetivo das coisas. Graciliano Ramos empreende, no conto “O relógio do hospital”, uma experiência de monólogo interior que busca representar esse tempo efetivo, mas que acaba por ilustrar a natureza irrepresentável deste, já apontada por Ricoeur. Essa impossibilidade faz com que a literatura crie novos mecanismos de representação, apoiados na relação contratual com o leitor.Downloads
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Publicado
2014-05-31
Como Citar
Ribeiro da Silva, E. (2014). As possibilidades e limitações da representação do tempo em conto de Graciliano Ramos. Letrônica, 6(2), 617–641. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/letronica/article/view/14702
Edição
Seção
Literatura
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